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Três aplicativos sensacionais para o iPad 2

Fotos, vídeos e música viram brincadeira no novo tablet

Por Redação Link
Atualização:
 

Na minha resenha sobre o novo iPad 2 hoje (quinta-feira, dia 10), fiquei sem espaço para falar sobre três softwares para o iPad — o melhor aparelho da Apple. Afinal, se software existe é porque compramos hardware, de modo que achei que valia a pena mencionar esses programas.

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O primeiro é o Photo Booth que já vem incorporado no iPad. É um aplicativo de entretenimento, totalmente inútil em termos práticos, mas que realmente diverte. Ele usa a imagem de vídeo ao vivo da câmera do iPad (frente e verso) como input para uma gama de efeitos especiais – oito efeitos que podem distorcê-lo, inflá-lo, retorcê-lo, fazer de você um caleidoscópio ou refleti-lo no centro da tela (duas cabeças são melhores do que uma, certo?). É uma casa de espelhos de alta tecnologia que, na sua versão original do iMac, mantinha a garotada de menos de 15 anos às gargalhadas e ocupada por horas a fio. A qualquer hora você pode capturar o efeito hilariante com uma foto.

A versão do iPad é melhor e pior do que a versão do iMac. Pior porque você não consegue gravar um filme das risadas — só a imagem parada.Melhor porque você pode tocar a tela para manipular os efeitos. Com o efeito Tunnel, por exemplo, seu rosto aparece no centro da imagem, com raios fantasmagóricos emanando dela, como se você fosse um deus vindo do futuro. Mas agora vai poder colocar dois dedos na tela e pressioná-los ou escorregá-los pela tela para produzir uma área não distorcida (onde seu rosto aparece) maior ou menor.

É também excelente o fato de que você pode mudar para a câmera de trás do iPad para distorcer uma pessoa ou alguma coisa que esteja na sua frente. É muito difícil fazer isso no iMac ou no MacBook (eles não possuem câmeras atrás).

(Como observei na minha resenha, é realmente curioso que a câmera de trás do iPad tire fotos tão fracas. Elas não chegam nem a 1 megapixel e a qualidade não é tão boa como a do iPhone. Por que a Apple não usou a câmera no iPhone, que tira excelentes fotos de 5 megapixels? Somente Steve Jobs e seus compradores de componentes com certeza sabem).

O segundo software interessante é um aplicativo de cinco dólares: o iMovie para o iPad, que você pode usar para editar os filmes que gravou com o iPad ou importou para ele do seu computador.

O iMovie não é um Final Cut Pro, mas é perfeito para um tablet, cuja tela maior o torna muito mais utilizável do que na versão para o iPhone. Você pode fazer cortes e rearranjar suas gravações, adicionar títulos, fazer a imagem desaparecer gradativamente, colocar música, slides e efeitos sonoros, e até mesmo incluir uma narração. Quanto o trabalho estiver concluído, pode postar o vídeo diretamente no YouTube, Vimeo, no CNNiReport ou no Facebook.

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E pode também exibir o vídeo na sua TV de alta definição. Se comprar um adaptador HDMI, que custa US$ 40, conseguirá conectar o iPad à TV diretamente. Ou, se tiver uma TV Apple de US$ 100, pode enviar o vídeo (qualquer vídeo do iPad, na verdade) para sua TV ou rede Wi-Fi, usando o AirPlay.

O último aplicativo — e o mais radical — é o GarageBand para o iPad (cinco dólares). É um estúdio de gravação e mixagem musical de oito faixas que é mais e é menos do que o programa GarageBand para o Mac OS X. Por exemplo, ele explora a tela de toque para permitir que você toque (e grave) pianos, guitarras e baterias virtuais.

Meu filho de 13 anos desapareceu durante um fim de semana inteiro compondo música freneticamente usando este minúsculo tablet. A música que ele produziu é excelente e fiquei impressionado com a sua inspiração.

Entre outras coisas, as baterias e teclados na tela na verdade tocam mais alto quando você pressiona com mais força as teclas ou os tímpanos da bateria. Mas a tela do iPad não é, como dizem os músicos, sensível à velocidade; ela não sabe o quão forte você está tocando na tela, somente que está tocando. Portanto, como ela pode saber quando você está tocando mais forte?

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De uma maneira bastante dissimulada. A Apple conectou o altamente sensível acelerômetro do iPad — o seu sensor de movimento — ao GarageBand. Na verdade, ele mede o número de movimentos no iPad quando você toca sua tela. Acredite ou não, este “hack” funciona muito bem.

Como também observei na minha resenha, muitos concorrentes do iPad estarão chegando em breve ao mercado. A questão é que, basicamente, todos estão no encalço do iPad original; o iPad2 agora os deixou, em essência, um ano inteiro para trás.

Estes novos aplicativos não devem ficar fechados atrás das portas da América corporativa. Claramente, eles estão destinados às pessoas comuns com impulsos criativos. E nesse aspecto, atendem às expectativas. E tornam o iPad 2 um aparelho muito mais prazeroso.

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/ Tradução de Terezinha Martino

* Texto publicado originalmente em 10/03/2011.

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