TV digital e 4G convivem bem na mesma frequência; diz Abinee

Para associação técnica, faixa dos 700 MHz poderá usada sem problemas pelas duas redes; entretanto, divisão causa discordância

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Por Agências
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RIO DE JANEIRO – A convivência entre os serviços de Internet móvel 4G e TV digital na frequência 700 MHz é possível, de acordo com estudo divulgado nesta quarta-feira pela Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), entidade que representa os fabricantes de equipamentos de telecomunicações.

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Esta conclusão foi baseada em testes realizados pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-RJ), motivados pela preocupação da indústria sobre possíveis interferências entre os dois sistemas.

“Os estudos apontaram que, mesmo nas eventuais situações desfavoráveis, a convivência entre os dois sistemas é sempre possível, desde que aplicadas técnicas de mitigação”, disse em nota o diretor do grupo setorial de telecomunicações da Abinee, Luciano Cardim.

Além disso, os testes demonstraram que as interferências da TV digital no sistema 4G não foram suficientes para afetar a disponibilidade de banda larga móvel aos usuários e que são “perfeitamente mitigáveis”

As avaliações foram feitas com equipamentos comerciais – televisores, celulares e chips – aderentes aos padrões de cada tecnologia em condições de uso, disse a Abinee.

A associação reiterou seu apoio à realização do leilão de 700 MHz de acordo com o cronograma da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), previsto para agosto.

Os testes, patrocinados por Alcatel-Lucent, Motorola Solutions, Nokia e Qualcomm, foram entregues pela Abinee à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), que deverá agregá-los aos seus estudos com vistas à realização do leilão da faixa de 700 MHz.

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Discórdia

A convivência entre TV digital e rede 4G, entretanto, ainda é motivo de discordância dentro da comunidade tecnológica. Nessa semana, a SET (Sociedade Brasileira de Engenharia de Televisão) divulgou relatório com base em testes feitos pela entidade em parceria com a Universidade Presbiteriana Mackenzie.

O texto alega que a divisão da faixa dos 700 MHz ainda precisa de ajustes para suportar as duas funcionalidades e que não foi testado se há interferências da faixa dos 700 MHz devido à proximidade com o canal 51, utilizado por sistemas de segurança pública e infraestrutura.

/ REUTERS, COM REDAÇÃO LINK

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