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Twitter chinês adverte usuários contra difusão de rumores

Empresa responsável pelo serviço de microblogs mais popular do país estaria sendo pressionada pelo governo para fechar conta de usuários que critiquem autoridades

Por Agências
Atualização:

Empresa responsável pelo serviço de microblogs mais popular do país estaria sendo pressionada pelo governo para fechar conta de usuários que critiquem autoridades 

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PEQUIM – A empresa Sina Corporation, proprietária do Weibo, considerado o Twitter chinês já que a plataforma americana é censurada no país asiático, enviou avisos a seus 200 milhões de usuários para advertir-los de que se emitirem “falsos rumores” suas contas serão fechadas.

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Esta medida gerou protestos entre a comunidade de blogueiros, que a tacharam de “vergonhosa, degradante e inaceitável” e asseguraram, através do próprio microblog, que não deixarão de “denunciar as injustiças”.

A decisão de fechar aquelas contas que, segundo a Sina Corporation, derem informações falsas, não vem da própria companhia mas, segundo se denuncia em diversos foros, faz parte de uma campanha governamental para controlar os conteúdos da internet por medo de um contágio da chamada “Primavera árabe”.

Os dois casos de fechamento de contas citados como exemplo pelos usuários do Weibo afetam as autoridades e foram tachadas de falácias pela companhia.

O primeiro é o caso de um assassinato de uma jovem de 19 anos na cidade de Wuhan, no centro da China, no qual se acusava de forma velada as autoridades locais. O autor de tal informação foi privado do acesso a sua conta e seu post foi apagado.

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No segundo caso, uma denúncia de revenda de bolsas de sangue procedentes da Cruz Vermelha em diferentes hospitais de Pequim terminou com o mesmo resultado. Fechamento da conta, eliminação do post e advertência aos demais usuários.

Esta nova limitação à liberdade de expressão na China se enquadra em um contexto no qual o governo realiza a repressão mais extensa contra dissidentes, intelectuais, artistas e advogados dos últimos anos em uma tentativa de evitar episódios de revolta popular.

/ EFE

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