Ele compara a rede de microblogging com a televisão dos primeiros anos, que também sofreu com as pechas de ‘desperdício de tempo’ e de ‘inutilidade’. Citando o slogan de Marshall McLuhan (“O meio é a mensagem”), ele diz que a TV acabou por criar não só conteúdo relevante, mas também a sua própria cultura.
A relevância do Twitter, para o autor, está justamente na forma em que os usuários têm de se expressar na ferrramenta: 140 caracteres ou menos. Em uma questão que parece algo delirante, ele chega a cogitar que esse é o novo tamanho de um pensamento. Falas corriqueiras, que pelo seu caráter fugidio poderiam nem ser publicadas, ganham com o Twitter uma “nova e excitante vida social”. E isso, segundo o artigo, tem um potencial revolucionário.
Revolução, por enquanto, apenas teórica. Em meio a todas essas fabulações em torno do Twitter, uma pesquisa recentemente divulgada por Harvard mostra que a vasta maioria dos usuários não produz conteúdo: 90% segue os tweets produzidos por 10%. Nos Estados Unidos, 60% das pessoas que se inscrevem no site não voltam no mês seguinte.