Um tribunal dos Estados Unidos ordenou que o Twitter entregue informações detalhadas sobre os registros do WikiLeaks e de diversos simpatizantes do site, como parte de investigação criminal sobre o vazamento de centenas de milhares de documentos confidenciais.
O documento ordena que o Twitter forneça informações sobre as contas do fundador do WikiLeaks, Julian Assange, e de Bradley Manning, um analista de inteligência do Exército norte-americano acusado de vazar os documentos divulgados ao público no ano passado pelo WikiLeaks.
As informações exigidas pelo governo incluem todos os registros de conexão e horários de sessão, os endereços IP usados para acesso ao Twitter, endereços de e-mail e residenciais, além de dados de cobrança e detalhes de contas bancárias e cartões de crédito.
A intimação inclui as contas de Jacob Appelbaum, Rop Gonggrijp e Birgitta Jonsdottir, antiga voluntária do WikiLeaks e membro do Parlamento da Islândia; os três são simpatizantes do site.
“O WikiLeaks condena vigorosamente essa perseguição a indivíduos pelo governo dos EUA”, afirmou o site em comunicado.
Ossur Skarphedinsson, ministro do Exterior da Islândia, anunciou no sábado, 8, que seu governo planeja protestar junto ao embaixador norte-americano em Reykjavik nesta segunda-feira, 10.
Em pronunciamento transmitido pela rádio do governo, Skarphedinsson afirmou que o comportamento das autoridades norte-americanas é inaceitável e que seu governo fará todo o possível para proteger Jonsdottir.
O governo dos EUA está decidindo se deve apresentar acusações criminais contra Assange por ajudar a divulgar centenas de milhares de mensagens diplomáticas confidenciais norte-americanas, o que causou embaraços a Washington e a diversos de seus aliados.
/REUTERS