Uber é banido em toda a Alemanha, empresa vai recorrer

A decisão diz que os motoristas do Uber não têm as licenças necessárias para o transporte comercial de passageiros

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Por Camilo Rocha
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SÃO PAULO – Um tribunal alemão determinou que o Uber, aplicativo que conecta passageiros e motoristas e que vem atraindo a ira de taxistas em todo o mundo, suspenda suas operações em todo o país. De acordo com a liminar, os motoristas do Uber não têm as licenças necessárias para trabalhar com transporte comercial de passageiros.

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A empresa já anunciou que irá recorrer da decisão. Em um post no seu blog oficial, afirmou também que manterá seus carros nas ruas da Alemanha enquanto responde na Justiça. “Tentar limitar a escolha das pessoas nunca parece uma boa ideia. Não se pode frear o progresso”, disse o post do Uber, que finalizou com a afirmação de que a empresa continuará suas operações em toda a Alemanha.

A ação que resultou na liminar foi iniciativa daTaxi Deutschland, um consórcio de empresas de táxi baseado em Frankfurt e que opera em várias grandes cidades da Alemanha. A Taxi Deutschland conta com seu próprio aplicativo de pedido de táxis para smartphones.

O Uber, que se expandiu rapidamente de São Francisco para cerca de 150 cidades ao redor do mundo, tem enfrentado batalhas regulatórias e liminares desde seu princípio. A prefeitura de São Paulo é uma de muitas administrações que estuda banir o aplicativo. 

Segundo a lei alemã, motoristas podem pegar passageiros sem um alvará apenas se o motorista não cobrar mais que o custo operacional da viagem. Como o Uber ganha uma comissão de todas as corridas feitas no app, o tribunal considerou a empresa passível de culpa e expediu a liminar.

Fundada em 2009 e avaliada em US$ 18,2 bilhões depois de uma rodada de investimento em junho, a Uber Technologies disse que é um mercado eletrônico que conecta motoristas e clientes e não um serviço de transporte em si. Os motoristas precisam ter habilitação válida, autorizações locais necessárias e histórico limpo para poderem servir passageiros, segundo a empresa.

/ com Reuters

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