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UE deve aprovar compra do WhatsApp pelo Facebook

Negócio anunciado em fevereiro deve receber aval da União Europeia, para protestos das operadoras de telecomunicações

Por Agências
Atualização:
 

BRUXELAS – O Facebook, maior rede social do mundo, vai receber aprovação incondicional da União Europeia para sua oferta de US$19 bilhões pela startup de mensagens em dispositivos móveis WhatsApp em um acordo que joga a companhia contra operadoras de telecomunicações, disseram duas pessoas familiarizadas com o assunto nesta quinta-feira.

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A aquisição histórica, a maior nos 10 anos de existência do Facebook, dará à companhia uma posição firme no mercado de rápido crescimento de mensagens móveis.

O plano do WhatsApp para adicionar serviços de chamadas de voz gratuitos para seus 450 milhões de consumidores ainda este ano, no entanto, torna o aplicativo um poderoso concorrente em potencial de companhias como a Telefónica, a Telecom Italia e a Deutsche Telekom.

Analistas disseram que a investida provavelmente atingirá o volume de negócios das provedores de telecomunicações conforme a indústria caminha para seu quinto ano de queda nas receitas. O setor buscou reguladores da UE para extrair concessões do Facebook.

O Facebook convenceu a Comissão Europeia de que o negócio não tem efeitos anticompetitivos e, portanto, concessões não são necessárias, segundo as fontes.

“É uma aprovação incondicional”, disse uma das fontes, que não quis ser identificada pois a decisão da Comissão Europeia ainda não é pública.

O porta-voz da Comissão, Antoine Colombani, não quis comentar. A autoridade antitruste da UE definiu 3 de outubro como prazo final para sua decisão.

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O negócio parece não representar problemas de competição para a Comissão, disse Tobias Caspary, sócio do escritório de advocacia Fried Frank.

“Ambas as partes estão oferecendo seus serviços gratuitamente. Parece improvável que clientes ficarão presos em relação a mensagens instantâneas, e seria relativamente fácil mudar para ofertas alternativas, como Skype ou Line”, disse ele.

/ REUTERS

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