Ué; mas cadê o Orkut?

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Por Rafael Cabral
Atualização:

O Ibope diz que, dos 25,5 milhões de internautas residenciais no Brasil, 17,85 milhões acessam o Orkut – ou seja, quase 70% dos brasileiros conectados. O site do Google é, de muito longe, a maior rede social do país. O tão falado Twitter, que dá capa na Time e cujos microposts já são tratados como o ‘novo tamanho de um pensamento’, só tem 3,9%. É comparativamente minúsculo.

Por causa disso, é estranho ver um gráfico como o apresentado abaixo, no qual o site de relacionamentos não está sequer entre as vinte mídias sociais mais valiosas do mundo. A estimativa de valor é feita de acordo com o modelo que o site TechCrunch, especializado em tecnologia, desenvolveu. Ele leva em conta o tamanho das redes por país, e quanto os usuários destes gastam – per capita – com compras online.

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O investimento de U$200 milhões que o Facebook recebeu na semana passada fez com que ele valesse, por esse cálculo, U$10 bilhões. Com isso, abocanharia – como vocês podem ver, embora possam não acreditar – nada menos que 37% do mercado.

Não custa nada ressaltar que o Twitter, que segundo o Steven Johnson está ‘mudando nossa maneira de viver’, não dá nem pro cheiro. Vale ‘só’ 1,7 bilhão, com sua fatia de 6%. Em quarto lugar, o site de microblogging fica atrás do MySpace (U$6.5 bilhões) e de um tal de Bebo (?), que vale U$1.8 bilhão.

Pesquisei e descobri que o Bebo, ilustre desconhecido dos brasileiros, é bastante semelhante ao nosso Orkut. E que ele vale mais que o site da Google porque é povoado por pessoas de países que tem mais gastos virtuais, per capita (Canadá, Estados Unidos, Inglaterra e Austrália). Já o Orkut é cheio de brasileiros, paquistaneses e indianos. E esse povo gasta pouco. Economiza. É por isso que ele vale tão pouco.

Vigésimo primeiro lugar. Onde fica a megalomania do Google numa hora dessas?

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