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Um formato para livros digitais curtos

Bits: A Amazon apresentou um novo formato para livros curtos no Kindle, o que ajuda novos autores

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Por Redação
Atualização:
 

Por Nick Bilton

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Os aparelhos de leitura de livros eletrônicos e os smartphones trouxeram grandes transformações para a indústria editorial, mas a Amazon.com pretende introduzir outras mudanças com um novo formato de livros eletrônicos mais reduzido e barato.

Atualmente, os consumidores leem nestes aparelhos os textos numa variedade de tamanhos: livros originalmente longos, artigos de revistas médios, postagens de blogs curtas ou pequenas atualizações do Twitter.

Todos aparecem na mesma tela, e nenhum deles precisa conformar-se aos comprimentos tradicionais dos produtos impressos.

Reconhecendo estas mudanças, a Amazon lançou na terça-feira, 12, um novo formato que começará a vender nas lojas do Kindle, chamado Kindle Singles.

A companhia os define como textos que podem ter de 10 mil a 30 mil palavras, aproximadamente entre 30 e 90 páginas de um livro impresso.

A Amazon disse em um press release que os Kindle Singles poderão ter “o dobro do tamanho de um artigo da (revista) New Yorker ou alguns capítulos de um livro normal”, e custarão muito menos do que os livros comuns.

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Além de tentar oferecer um formato de livro menor aos consumidores, a Amazon oferece também uma solução para os escritores que não dispõem de uma editora tradicional.

No press release, a companhia disse que seu anúncio foi “um apelo a escritores, pensadores, cientistas, empresários, historiadores, políticos e editores sérios para que se aliem à Amazon a fim de que estas obras possam estar disponíveis aos leitores do mundo todo”.

Os escritores têm encontrado dificuldade para vender o formato médio às editoras, porque não se encaixa no modelo de distribuição do material impresso. Em um sistema de distribuição digital, estas estruturas de preço deixaram de existir, e um preço digital pode ser negociado de acordo.

Promovendo este novo formato, a Amazon também poderá evitar preocupar as editoras que ficaram frustradas com a companhia quando lançou seu próprio serviço de autopublicação, permitindo que os escritores determinassem o preço e vendessem diretamente seu conteúdo na plataforma Kindle.

A nova loja virtual não está aberta ainda, porque a Amazon precisa encontrar escritores para textos mais curtos. Mas  quando começar, poderemos ter certeza de que tumultuará um pouco mais a indústria editorial.

/ Tradução de Anna Capovilla

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