Um recomeço para o Google Wave

Google enterra o serviço, mas abre código para que desenvolvedores aproveitem suas características

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Por Rafael Cabral
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Como o Google já havia anunciado, o Wave, a ferramenta que se propunha a recriar o e-mail do zero, fica no ar só até o fim do ano. Lançado com alarde em maio, o serviço se provou complicado demais. A adesão dos usuários, que a companhia imaginava que seria gigante, foi mínima. Depois dos primeiros dias de deslumbramento com o ambiente colaborativo do novo sistema, as pessoas se cansaram e voltaram para aquilo que já estavam acostumadas — redes sociais e e-mail, afinal, eram suficientes. Ninguém queria reaprender completamente a navegar.

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Isso não quer dizer, no entanto, que o Wave foi uma falha completa. Na estratégia do Google na web social, sim, foi, e tudo leva a crer que o Buzz, outra aposta, também será. O sistema de comunicação que foi construído pela equipe de desenvolvedores é bem interessante, só que as pessoas simplesmente não entenderam para que precisavam dele. Por isso o Google anunciou, no seu blog oficial de desenvolvimento, que iniciará um projeto chamado Wave in a Box, disponibilizando em código aberto todas as suas linhas de programação.

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A ideia é que o Wave, do jeito que era, fique mesmo enterrado, mas que suas características inovadoras sejam reaproveitadas em outros serviços. O sistema de colaboração em tempo real, por exemplo, pode ser algo interessante se aplicado em aplicativos mais simples. Talvez os programadores independentes saibam dar um rumo melhor para o Wave, mais prático do que aquele imaginado pelo Google.

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