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Uma bússola para a televisão sob demanda

Fan TV é um pequeno dispositivo que quer centralizar as diversas fontes de conteúdo na TV de hoje em dia

Por Camilo Rocha
Atualização:

Fan TV é um pequeno dispositivo que quer centralizar as diversas fontes de conteúdo na TV de hoje em dia

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SÃO PAULO – Os últimos anos têm assistido ao surgimento de diversas novas soluções que buscam a convergência das experiências da TV e da internet. A Apple lançou seu AppleTV, um set-top box que leva aplicativos como Netflix e YouTube para a televisão. O Google criou um Internet Player com a Sony que permite navegar pela web naTV.

 

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O Fan TV, ainda em fase de protótipo, é a mais recente dessas soluções. É um pequeno dispositivo de plástico composto de duas partes e que cabe na palma da mão. O aparelho centraliza as várias fontes de conteúdo que o espectador tem hoje à sua disposição, ajudando-o a encontrar o que ver. É uma bússola para a geração do conteúdo televisivo sob demanda.

O dispositivo propõe descomplicar a transição entre essas fontes. Se sua televisão não é “smart”, passar da TV a cabo para o Netflix e depois para o iTunes, por exemplo, requer o uso de entradas de televisão, aparelhos e aplicativos diferentes.

Com o aparelho, será possível procurar conteúdo como filmes, séries e documentários no acervo dos muitos parceiros de conteúdo. Estes incluem todos os principais serviços de streaming e TV on-demand dos Estados Unidos, além de canais específicos como Cartoon Network e MTV e lojas como Amazon e iTunes.

A busca integrada é a base do aplicativo Fan, lançado em 2011 para iOS e que este ano ganhou uma versão para web. Cadastramento e procura de conteúdo são experiências muito simples. A busca pode ser feita por nome de ator, diretor ou título.

“O Fan TV vai mudar a maneira como as pessoas assistem à televisão e interagem com ela”, disse ao Link por e-mail um representante da fabricante, uma empresa do Vale do Silício chamada Fanhattan. O lançamento da versão para web nos Estados Unidos veio acompanhado da promessa de mais de “um milhão de títulos”, dando a impressão de que se pode achar qualquer coisa com o serviço. Mas ele depende do que os parceiros oferecem. Buscas por Martin Scorsese e Quentin Tarantino, por exemplo, não encontraram nenhum filme dos cineastas, apenas documentários sobre eles.

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Sobre a ideia de transformar um aplicativo em aparelho, o representante da Fanhattan diz que a progressão foi natural. “Somos partidários da filosofia de Alan Kay (cientista da computação): ‘Pessoas que levam seu software realmente a sério deveriam fazer seu próprio hardware’”, explica o porta-voz. O desenvolvimento do produto levou dois anos.

Para conceber o visual ultrabásico do Fan TV foi chamado o conhecido designer suíço Yves Béhar. A ideia é que o usuário não precise desviar os olhos da tela.

Para navegar pelas opções do aplicativo na tela, basta correr com o dedo por cima da superfície da parte menor do pequeno aparelho, que funciona como o “controle remoto”. A superfície é um trackpad com 200 sensores. Não há botões.

“Telas e resoluções ficaram maiores, mas o processo de descoberta fica cada vez mais difícil.” O porta-voz cita enormes grades de programação, paredes de aplicativos e controles remotos cobertos de botões como fatores que dificultam a experiência, fazendo com que o usuário acabe “assistindo ao que está passando”.

De acordo com explicações do fabricante, o Fan TV se conecta com a televisão por meio de um cabo HDMI, tornando-o compatível com qualquer aparelho que tenha entrada do tipo. Já com a internet, o acesso é por Wi-Fi ou cabo Ethernet.

O aparelho deve chegar às lojas dos Estados Unidos este ano. Não há previsão de preço, nem lançamento em outros países.

—-Leia mais:• Link no papel – 22/7/2013

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