Uma ilha no meio do caminho

Google erra duas vezes ao atribuir posse ilha disputada entre Espanha e Marrocos no Estreito de Gibraltar

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Por Agências
Atualização:

O Google assumiu nesta quinta, 11, que serviço de mapas errou duas vezes ao atribuir uma pequena ilha do norte da África primeiro ao Marrocos e depois à Espanha. A ilha é disputada pelos dois países e a posição da empresa é se manter neutra.

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Os dois países, vizinhos próximos propensos a desentendimentos, estiveram à beira de um conflito militar no verão de 2002 por causa da formação rochosa. A ilhota era habitada apenas por cabras quando os militares marroquinos a ocuparam, mas a Espanha prontamente enviou navios de guerra para retirá-los.

 

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Ambos países reivindicam a posse da ilha, que é chamada na Espanha de Perejil, ou “salsa”, e que os marroquinos chamam de Leila, que significa “noite”. Mas depois de um acordo mediado pelos EUA o status da ilha foi declarado como “em revisão”.

A porta-voz do Google na Espanha, Marisa Toro, disse que a empresa descobriu em julho que o Google Maps erroneamente havia assinalado a ilhota como território do Marrocos. Ela fica a aproximadamente 250 metros da costa do país, separado da Espanha pelo Estreito de Gibraltar.

A equipe de geopolítica do Google na sede em Mountain View, Califórnia, consultou organismos internacionais, incluindo as Nações Unidas, e recentemente decidiu declarar a ilha como território disputado que não pertence a nenhum dos países, disse a porta-voz. Os engenheiros estão trabalhando para corrigir o mapa, afirmou.

Porém, desde segunda-feira, 8, o Google Maps também está atribuindo a ilha à Espanha dependendo como o nome dela é digitado na busca de mapas. A porta-voz disse que não pode identificar a causa. “Foi um erro nosso e estamos trabalhando para resolvê-lo”, ela afirmou.

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Recentemente, o Google também foi colocado no meio de um conflito territorial do outro lado do Atlântico. A Nicarágua está fazendo a dragagem de um rio na fronteira disputada com a Costa Rica, e um oficial nicaraguense que comanda o projeto disse ter usado o Google Maps para decidir a localização dos trabalhos.

/ Daniel Wools (ASSOCIATED PRESS)

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