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Uma visita à Foxconn na China

Equipe de TV visita uma das unidades das fornecedores chinesas da Apple; empresa é acusada de más condições de trabalho

Por Murilo Roncolato
Atualização:

Equipe de TV visita uma das unidades das fornecedores chinesas da Apple; empresa é acusada de más condições de trabalho

 

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SÃO PAULO – As fábricas responsáveis pela produção dos populares aparelhos da Apple receberam a visita dos auditores da Associação pelo Trabalho Justo (FLA, na sigla em inglês), na segunda-feira, 13. Além deles, a equipe de reportagem da ABC News também passeou pelas unidades de fabricação, conversou com funcionários e empregadores.

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Apesar de se tratar de uma visita agendada, o jornalista Bill Weir conseguiu algumas depoimentos sinceros de trabalhadores cansados que ganham US$ 1,78 por hora, pagam US$ 0,70 por refeição e trabalham em turnos de 12 horas.

No vídeo (abaixo), ao ser perguntada sobre o que pensa durante o trabalho, uma das funcionárias fala sobre seu cansaço. O trabalho, de fato, é exaustivo. De dentro das paredes da Foxconn, o cenário é de um espaço moderno, cheio de cuidados técnicos e minuciosos para evitar riscos ao departamento de produção. O cenário contrasta a situação constatada no ano passado quando uma de suas unidades em Chengdu sofreu uma explosão que matou três pessoas.

Segundo a reportagem, para ficar pronto, um iPhone passa por 141 etapas, processo basicamente à mão. Um “simples” iPad, leva cinco dias para passar de pequenos chips, botões e tela para um produto, embalado, que poderia ser vendido no Brasil por, no mínimo, R$ 1.629 (preço do iPad 2 mais simples na Apple Store).

Além disso, Weir mostra os dormitórios coletivos (de seis a oito pessoas por quarto) onde funcionários podem se instalar, caso queiram. Para ficar ali, os trabalhadores devem pagar US$ 17,50 por mês, preço equivalente a 10 horas trabalhadas.

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Escondido. A ONG Students & Scholars Against Corporate Misbehavior (Sacom), tradicional crítica das condições nas fábricas da Foxconn, acusou, em uma entrevista à AppleInsider, a empresa de “esconder” os trabalhadores menores de idade dos auditores, enviando-os para outros departamentos.

Debby Sze Wan Chan, da Sacom, disse que a unidade de Zhenghou se preparou para a visita da FLA. “Todos os funcionários menores, entre 16 e 17 anos, não tiveram que fazer nenhuma hora extra e alguns deles foram até enviados para outros departamentos”, disse.

Uma funcionária de Chengdu ganhou direito a fazer até três intervalos durante seu horário de trabalho, durante os dias de auditoria. Normalmente, é permitido fazer apenas um.

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