PUBLICIDADE

União Europeia quer criar um novo imposto para gigantes da tecnologia

Comissária Margrethe Vestager disse que órgão pode criar taxa sozinho, caso a União Europeia não entre em acordo com outros países do mundo

Por Redação Link
Atualização:
Margrethe Vestager diz que UE pode liderar criação de nova taxa Foto: Eric Piermont/AFP

A comissária da União Europeia, Margrethe Vestager, disse nesta segunda-feira,9, que as gigantes de tecnologia – como Google, Amazon, Facebook e Apple, - deveriam pagar impostos mais altos. Margrethe disse ainda que, caso não tenha consenso global, a União Europeia deveria liderar a criação de uma nova taxa digital.

PUBLICIDADE

"Estamos nos tornando um mundo cada vez mais digital, e será um grande problema se não encontrarmos uma maneira de aumentar os impostos (digitais)", disse à France Inter Radio em uma entrevista. "A melhor coisa é uma solução global. Mas se quisermos obter resultados em um período de tempo razoável, a Europa deve assumir a liderança".

A criação de um imposto obrigaria grandes empresas de tecnologia a pagarem uma parcela maior nos territórios. A discussão, no entanto, não é novidade na Europa. A França, por exemplo, já está no processo de introduzir sua própria taxa digital nacional, depois de ficar impaciente com o ritmo da mudança dentro da União Europeia.

Perfil. Margrethe é conhecida na Europa por desafiar empresas do Vale do Silício, aplicando-as multas altas e obrigando-as que mudem suas práticas e políticas para que não entrem em conflito com a lei de concorrência local.

Um imposto digital seria outra maneira de os gigantes da tecnologia sofrerem maior pressão regulatória globalmente. O governo do Reino Unido, por exemplo, anunciou planos para introduzir um regulador independente para policiar as empresas de mídia social. Juntamente com as regras de privacidade da GDPR em toda a UE e o potencial para um equivalente dos EUA, essas vertentes individuais de regulamentação e política poderiam marcar uma nova era para a governança da grande tecnologia em todo o mundo.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.