Usuários processam RIM por falhas no BlackBerry

Queda geral deixou milhões de usuários sem serviços de mensagens instantâneas e acesso a internet por quatro dias

PUBLICIDADE

Por Agências
Atualização:

Queda geral deixou milhões de usuários sem serviços de mensagens instantâneas e acesso a internet por quatro dias.

PUBLICIDADE

Consumidores nos Estados Unidos e no Canadá abriram processos contra a Research in Motion por uma paralisação que se prolongou por dias nos serviços dos aparelhos BlackBerry, em um problema de escala global ocorrido no começo do mês.

A queda geral do sistema deixou milhões de usuários do BlackBerry frustrados e desprovidos de acesso a e-mails, mensagens instantâneas e navegação online, em cinco continentes.

—- • Siga o ‘Link’ no Twitter e no Facebook

Os co-presidentes executivos da RIM pediram desculpas aos milhões de usuários do BlackBerry pela paralisação de quatro dias que maculou a imagem da empresa e retardou seus esforços para recuperar o terreno perdido para a Apple e outros rivais no ramo de smartphones.

O processo nos Estados Unidos, protocolado em um tribunal federal de Santa Ana, Estado da Califórnia, foi apresentado em nome de todos os proprietários de BlackBerry com contratos ativos de e-mail, Internet e mensagens que tenham sofrido interrupções de serviço.

Nele, a RIM é acusada de violação de contrato, negligência e enriquecimento indevido.

Publicidade

O processo canadense, aberto na quarta-feira junto ao tribunal superior de Quebec, representa os proprietários canadenses de BlackBerry que tinham contratos ativos no momento da paralisação.

A petição alega que a RIM não restituiu os prejuízos que os usuários sofreram com a paralisação dos serviços e que “precisa assumir plena responsabilidade por esses danos”.

Mensagens encaminhadas à RIM solicitando comentários não foram respondidas imediatamente.

O processo dos Estados Unidos foi aberto por Eric Mitchell, morador de Sherman Oaks, Califórnia. Embora ele não tenha contrato direto com a RIM, ele pagou pelo uso dos serviços exclusivos do BlackBerry como parte de seu contrato com a operadora de telefonia móvel Sprint, de acordo com a queixa.

Isso faz com que tenha um “contrato implícito” com a RIM, o processo alega, acrescentando que com a paralisação, entre 11 e 14 de outubro, Mitchell “pagou por um serviço que não recebeu”

Os queixosos buscam desde compensação em dinheiro pelos serviços pagos à companhia até honorários de advogados e outras despesas legais.

O processo norte-americano estima que a RIM fature pelo menos 3,4 milhões de dólares por dia no país em receita de serviços, coletados através de operadoras como Sprint e Verizon.

Publicidade

O tamanho de uma ação judicial nos EUA incluiria 2,4 milhões de pessoas apenas na Califórnia, segundo os autos da queixa protocolada.

/ Reuters

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.