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Vamos incluir os games no Vale-Cultura; ministra?

No mesmo momento que os games ganham espaço em museus, aqui no Brasil, a Ministra da Cultura acha que game não é cultura

Por Redação Link
Atualização:

BANCO DE IDEIAS

Por Acigames*

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O Museu de Arte Moderna de Nova York, o MoMA, se prepara para a primeira exposição sobre videogames da história dos Estados Unidos. Enquanto isso, aqui no Brasil, a Ministra da Cultura acha que game não é cultura.

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No dia 19 de fevereiro, Marta Suplicy disse em São Paulo: “Eu não acho que jogos digitais sejam considerados cultura”.

O problema é que, por divergir das tendências internacionais nessa área, a ministra vai impedir os brasileiros de utilizarem o Vale-Cultura para comprar jogos de videogame. Cinema, teatro, TV por assinatura, circo, livros, DVDs, shows e revistas (de fofoca ou pornográficas, inclusive) podem ser pagos com o benefício. E, embora Marta Suplicy diga agora que os games não são cultura, ela própria assinou a portaria nº 116, de 29 de novembro de 2011, incluindo games na Lei Rouanet.

“A Ministra da Cultura autoriza que o dinheiro investido em produção de games seja deduzido do Imposto de Renda como investimento em cultura, mas não quer que o brasileiro possa comprar games com o Vale-Cultura. Isso é um contra-senso”, protesta Moacyr Alves Júnior, presidente da Acigames,

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O jogo de aventura Toren, produzido pelo estúdio Swordtales, é o primeiro a receber oficialmente a autorização do governo para captar recursos por meio da Lei Rouanet de Incentivo à Cultura.

Um dos argumentos da ministra para não incluir jogos de videogame no Vale-Cultura é dizer que eles são violentos.

“Mas, até aí, tem um monte de filme violento e o Vale Cultura paga cinema, DVD e até TV a cabo que, além de tudo, tem canais de sexo 24 horas por dia. Não podemos ter dois pesos e duas medidas. Os games são cultura sim, geram empregos e já são parte da educação. Vou aproveitar a oportunidade de levar à ministra documentos dos nossos parceiros internacionais mostrando que, em outros países, os games são valorizados como cultura”, explica o presidente da Acigames.

Em breve a entidade terá uma audiência com a Ministra Marta Suplicy para tratar deste assunto. Queremos mostrar a ela a força e a importância dos gamers em todo o Brasil.

Se você gosta de novas tecnologias, concorda que games podem ser utilizados de forma educativa e quer que o Vale-Cultura possa comprar games, assine a petição.

*A Acigames (Associações comercial, industrial e cultura de games) lançou um abaixo-assinado no site Change.org para que a ministra reveja a sua posição em relação ao Vale-Cultura. A petição já tem 6,1 mil assinaturas.

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