A boa notícia é que o declínio foi cerca de 3% menor que a queda de 8% de 2010
LONDRES – As receitas com a música digital subiram 8% em 2011 para US$ 5,2 bilhões. Os números não foram suficientes, no entanto, para evitar outro declínio anual no mercado geral — dos US$ 16,7 bilhões movimentados em 2010 para US$ 16,2 milhões.
As cifras divulgadas na segunda-feira pela Federação Internacional da Indústria Fonográfica (Ifpi, na sigla em inglês) confirmaram as expectativas de que a baixa iniciada no final dos anos 1990 continuou no ano passado.
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A boa notícia foi que o declínio de 2011 de cerca de 3% foi menor do que a queda de 8% registrada em 2010. E há sinais de que a indústria começa a dominar a pirataria online à qual atribui sua desventura.
Os diretores do selo Record estavam cautelosamente otimistas com a possibilidade de a receita da indústria da música finalmente voltar a crescer em 2013, numa posição não compartilhada por todos do setor.
“O futuro parece extremamente luminoso. Será que a indústria superou uma fase? Definitivamente estou mais otimista agora do que já estive”, disse Rob Wells, presidente do setor de negócios digitais globais do Universal Music Group, o maior selo do mundo.
“Acho que 2013 provavelmente seja uma aposta segura”, disse ele em um briefing da Ifpi em Londres. “Entretanto, apesar de todas as boas notícias, ainda é preciso um grande esforço com relação ao problema da pirataria que ainda existe.”
Edgar Berger, presidente e CEO internacional da Sony Music Entertainment, acrescentou: “Acho que o cenário está mudando de forma favorável e passaremos do vento contrário aos ventos favoráveis.”
Frances Moore, diretora executiva da Ifpi, disse que grandes serviços legais de música digital expandiram no ano passado para 58 países — contra 23 em 2010.
Ela elogiou a chegada de novos modelos de se acessar música, incluindo serviços como o iTunes Match, e afirmou que o número de assinantes de sites como Spotify e Deezer saltou de 8,2 milhões em 2010 para 13,4 milhões.
/ Mike Collett-White (Reuters)