Vídeo do Porta dos Fundos é removido por ofensas a Garotinho

Peça estava no canal do grupo no YouTube, mas ainda pode ser visto na plataforma Daily Motion

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Por Camilo Rocha
Atualização:
 

Cena do vídeo “Você me conhece”, do Porta dos Fundos. FOTO: Reprodução

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SÃO PAULO – Por conter supostas ofensas ao candidato a governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho (PR), um vídeo do Porta dos Fundos foi retirado do YouTube. A remoção foi pedida ao Google pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RJ).

Intitulado “Você me conhece”, o esquete mostra uma paródia de uma propaganda eleitoral na TV. Um candidato fictício aponta uma arma para um homem e diz: “Assim que eleito, prometo soltar o Marcelo sem nenhuma sequela”. O personagem finaliza o vídeo dizendo “Para governador, Garotinho”.

O vídeo pode ser visto no Daily Motion, plataforma rival do YouTube (se não estiver vendo o vídeo, clique aqui).

A peça foi ao ar na segunda-feira, 29, e já tinha chegado a 600 mil visualizações. A Justiça estabeleceu multa diária de R$ 100 mil caso a determinação de retirada fosse descumprida pelo Google. Um homem identificado como Mauro Henrique Alécio foi o autor da denúncia que motivou o processo.

No texto da decisão, a juíza Daniela Barbosa Assumpção afirmou que o vídeo “transmite clara propaganda negativa contra o candidato a governador Anthony Garotinho, ao relacioná-lo a pessoas ligadas à prática de crimes e a organizações criminosas”.

De acordo com a juíza, o fato do ator Gregório Duvivier, integrante do grupo, ter declarado apoio a candidatos do PSOL teria influenciado a decisão. Para a magistrada, o “único interesse” da peça do grupo seria “prejudicar o candidato Anthony Garotinho e fazer verdadeira propaganda eleitoral negativa”.

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Duvivier não atua no vídeo nem aparece citado nos créditos. O ator se manifestou no Twitter, lembrando que foi a primeira tentativa bem-sucedida de remover material do grupo.

O Google anunciou que “recorrerá desta decisão por entender que ela viola o princípio constitucional da liberdade de expressão, que deveria ser observado especialmente em períodos eleitorais”, acrescentando que “caso o Google obtenha sucesso em seu recurso, o vídeo será colocado de volta no ar.”

No Twitter, apareceram usuários dizendo que o vídeo retirado está sendo compartilhado no WhatsApp.

E o making of do vídeo continua no ar no YouTube (se não estiver vendo o vídeo, clique aqui).

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