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Web 2.0 Expo NY compara crise com Twitter

Por Heloisa Lupinacci
Atualização:
 

CAROLINA FREDERICO DE NOVA YORK

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Foi-se o tempo em que consumidores compravam algo sem antes fazer uma pesquisa sobre o produto ou serviço que estivessem determinados a adquirir. “Googlar” tornou-se um verbo conjugado diariamente ao redor de todo o planeta. Ao mesmo tempo, a informação não imposta, mas encontrada, criou um consumidor mais mimado, que não precisa mais se locomover para pesquisar a concorrência. Não precisa nem de um computador. Basta ter um telefone celular.

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Nesse momento de transição, em que informação é moeda de troca e palavras como controle estão sendo substituídas por influência – ou súdito por seguidor-, a web começa a ser pensada como um sistema operacional e colaborativo, onde todos criam e consomem conteúdo.

“Quando, em 1993, eu tentava explicar que na internet você pode clicar em um link e ir para qualquer lugar do mundo e que qualquer um poderia agregar algo a esse sistema, as pessoas achavam que era uma invenção inacreditável. Atualmente, tudo isso já não é mais grande coisa”, disse Tim O’Reilly, criador do termo web 2.0 e do evento Web 2.0 Expo, em sua palestra na segunda edição do evento, que aconteceu em NY na semana passada (de segunda a quinta, 16 a 19).

O encontro nasceu em São Francisco, mas o tema para a edição deste ano, “O Poder do Menos”, surgiu dois dias antes da estréia do evento em Nova York, quando a empresa financeira Lehman Brothers faliu. Foi ali que os organizadores da Web 2.0 Expo perceberam que este seria um ano de menos, com companhias tendo que lidar com restrições. Pensar em como as corporações poderia tiram vantagens de todas as novas tecnologias foi o que pautou as palestras e workshops

E menos não precisa ser de todo mal. No ano do Twitter, e dos 140 caracteres como limite, todo mundo foi forçado a se acostumar aos cortes. Na Web 2.0 Expo, foram citados muitos exemplos de como empresas e governos estão interagindo com seus usuários.

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Um desses exemplos foi dado por Lisa Conquergood, do Picnik.com, uma ferramenta de edição de fotos online que contratou uma usuária australiana de tão fã que ela era. “Ela sempre dava os melhores feedbacks e não tinha medo de dizer o que achava, então achamos que ela deveria fazer parte da companhia”, explica Conquergood.

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