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Web: plataforma para capacitar os cidadãos

Rodrigo Bandeira e Pedro Markun falam de política 2.0 no primeiro dia de Encontros Estadão & Cultura

12/05/2010 | 20h28

  •      

 Por Tatiana de Mello Dias - O Estado de S. Paulo

Markun, Doria e Bandeira (KEINY ANDRADE/AE)

A web pode mudar a política? Se não muda, ao menos faz que o cidadão deixe de ser mero espectador do poder público e possa, por si, realizar mudanças na sociedade. Mas o que é, afinal, essa tal de #webcidadania? Foi esse o tema do primeiro dia de debates do Encontro Estadão & Cultura, que aconteceu na tarde desta quarta-feira, 12, em São Paulo.

Vídeo

Veja o que os participantes acharam do primeiro debate do Encontros Estadão & Cultura

Pedro Markun, do Transparência HackDay, e Rodrigo Bandeira, do projeto Cidade Democrática, bateram um papo cheio de ideias – e provocações – com o editor-chefe de conteúdos digitais do Estadão, Pedro Doria. A verdade é que a web dá ferramentas inéditas quer dá poder ao cidadão – hoje é muito mais fácil fiscalizar, além de mobilizar as pessoas em torno de uma causa. É por isso que Bandeira e Markun concordam: hoje o cidadão não precisa ser apenas um coadjuvante passivo (e reclamão).

Os dois projetos, Transparência HackDay e Cidade Democrática, são ferramentas que ajudam o cidadão a assumir um papel ativo e dividir o poder com o governo. “Não deve haver separação entre ‘nós’, a sociedade, e ‘eles’, o poder público”, disse Rodrigo Bandeira. “Precisamos encarnar o nosso papel de cidadão”.

Doria e Bandeira (KEINY ANDRADE/AE)

A ideia desse movimento é fazer “as pessoas sacarem o poder de atuação invidual em prol do coletivo”, sintetizou Markun, vestido com uma camiseta do Global Voices e recém-chegado de um encontro da rede internacional que luta pela transparência e liberdade de expressão. O Transparência HackDay promove encontros periódicos de desenvolvedores que têm um objetivo claro: pegar os dados públicos e organizá-los de maneira fácil para a sociedade interpretá-los. “Funciona mais ou menos como as APIs do Twitter”, explica Markun.

O Cidade Democrática é uma rede social em que os cidadãos se organizam em torno de propostas por um bairro, uma cidade ou um país melhor . “Em vez de convidar pessoas para serem suas amigas, você convida pessoas para apoiarem uma causa”, resume Rodrigo Bandeira. O site, explicou ele, é o principal pilar de um projeto que inclui ações de mobilização presencial e atuação em comunidades e bairros carentes. No segundo semestre haverá também um curso sobre webcidadania. “O convite é para que a gente deixe de reclamar e passe a colaborar. A informação deixou de ser gerada e apropriada apenas pelo governo”, disse Bandeira.

Uma das grandes barreiras para que a webcidadania seja exercida é o fato de o poder público ainda ser muito fechado à participação ativa do cidadão. “A gente tem uma cultura de segredo. Dá para romper isso?”, questionou Doria. “O feudalismo informacional da TI parece um monastério medieval”, criticou Markun, referindo-se à dificuldade em conseguir informações na Prodam. Tanto é que os dados da companhia já foram hackeados em um projeto dentro do thackday, o Sac SP. “Não quer divulgar os dados? Nós vamos lá e pegamos. É a cultura hacker”, disse ele. “A obrigação de organizar a informação é da sociedade”, concordou Bandeira.

Markun, Doria e Bandeira (KEINY ANDRADE/AE)

A capacitação do cidadão é uma mudança positiva. Mas e se nós formos ao extremo: dar às pessoas uma democracia direta não seria, talvez, uma forma de populismo? A provocação de Doria foi classificada como ‘distopia’ por Markun. Mas a sociedade ainda está muito longe disso. “Se isso acontecesse seria uma alternativa ao nosso modelo de democracia”, disse Bandeira.

O movimento ainda está no começo. Já há mudanças? Doria perguntou: o brasileiro está se sentindo mais responsável por seu bairro, seu país? Ainda não, concordam Markun e Bandeira. Mas a web dá ferramentas para isso. Ela permite que as pessoas encontrem parceiros para tudo – seja votar no Big Brother Brasil ou em uma causa política, como a recente mobilização pela aprovação do projeto de lei Ficha Limpa. É por isso, acredita Markun, que essa mudança acontecerá – mas a médio ou longo prazo.

“Só agora começamos a acordar sobre o poder que o cidadão tem sobre a informação”, diz Markun. Ele aproveitou para chamar a atenção para o projeto de lei pela abertura dos dados públicos, que irá para o Senado, e para convidar a todos para a próxima edição do Transparência Hackday, que acontecerá durante a Virada Cultural paulistana. Rodrigo Bandeira sugeriu um mashup: que tal hackear o movimento webcidadania? O debate terminou no horário, mas a discussão se estendeu – prova de que as pessoas estão mesmo interessadas nesse tema.

Nesta quinta-feira o tema do debate será webempreendedorismo. O Encontros Estadão & Cultura acontece às 12h30 no auditório da Livraria Cultura do Conjunto Nacional. Acompanhe pelo Twitter através da hashtag #estadaonacultura.

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