Yahoo deve deixar o Japão por US$ 8 bilhões

O Yahoo negocia abandonar parcerias com empresas asiáticas para levantar até US$ 8 bilhões

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Por Agências
Atualização:
 

O Yahoo está em negociações avançadas para abandonar sua joint-venture no Japão, como parte do esforço para reformular parcerias asiáticas disfuncionais e levantar até US$ 8 bilhões para combater o Google e o Facebook.

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Um acordo para transferir os 35% de participação que a companhia detém no Yahoo Japan ao Softbank, que já possui 42% do Yahoo, pode ser fechado nas próximas semanas, afirmaram pessoas próximas às negociações.

Caso um acordo seja assinado, é provável que o Yahoo volte sua atenção à China, onde detém 40% do Alibaba Group, controlador do renomado serviço de internet Alibaba, segundo as fontes. Não ficou claro o que o Yahoo pretende fazer quanto a essa participação.

O relacionamento entre Yahoo, Softbank e Alibaba amargou nos últimos anos. Jack Ma, fundador do Alibaba, vem batalhando para adquirir a participação do Yahoo em sua empresa, enquanto Masayoshi Son, fundador e acionista relevante do Softbank, tem criticado abertamente a falta de inovação do Yahoo e seu histórico nos mercados internacionais.

O Softbank também tem participação no Alibaba.

“Existe um relacionamento triangular entre eles. Qualquer coisa que aconteça com relação ao Alibaba teria de envolver todos os três,” disse uma das fontes.

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O Softbank informou que não está negociando com o Yahoo e que não tem intenção de comprar sua participação na joint-venture japonesa.

Um acordo para vender a participação do Yahoo no mercado japonês resultaria em uma infusão de caixa vista como positiva por investidores, afirmaram analistas em Tóquio.

Deixar o imenso e crescente mercado da China, onde as companhias ocidentais em geral fracassaram em contornar o regime regulatório severo e enfrentar concorrentes locais como a Baidu, causaria mais controvérsia.

Um porta-voz do Alibaba se recusou a comentar as intenções do Yahoo na China, embora em setembro passado a empresa tenha anunciado que “abandonou” o interesse pela compra da participação do Yahoo.

/ Nadia Damouni e Tim Kelly (REUTERS)

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