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YouTube como casa

Idealizada e tocada por três jovens, Canca produções ganha visibilidade com curtas postados no site

Por Fernando Martines
Atualização:

Com apenas dois vídeos feitos, a Canca Produções, uma iniciativa de três jovens que produzem vídeos para postar no YouTube, ganhou uma maior visibilidade na semana passada. Isso graças ao sistema de influência que as redes sociais potencializaram. Felipe Neto, dono de um videolog com enorme audiência, recomendou aos seus seguidores no Twitter o curta-metragem “Documentário sobre um cara normal”. Agora, a Canca, que abriu seu canal a pouco mais de um mês, já conta com mais de13 mil visualizações de seus vídeos, uma boa marca para quem produz todo o contéudo que posta.

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“Documentário sobre um cara normal” é um bem feito curta-metragem de ficção que simula, como o nome alerta, um documentário sobre a vida de uma pessoa que não se destaca em nada e que não possui nenhum gosto peculiar. Bem dirigido e com boas atuações, o curta tem um roteiro criativo e, mesmo que usando um pouco demais da obviedade e do didatismo com o espectador, propõe boas reflexões.  “Tuite por mim”, é um clipe paródia da canção “Pense em Mim”,da dupla Leandro e Leonardo. Pessimamente cantado, chamou menos atenção.

O Link foi atrás das pessoas por trás da Canca Produções e conversou com Lara Koerich, a idealizadora do projeto. Ainda no terceiro colegial, Lara irá prestar o curso de Cinema na Universidade Federal de Santa Catarina. Já João Neves e Gabriel Paiva, os outros membros do projeto, já são universitários da UFSC. Detalhe que nenhum deles já fez algum curso relacionado a cinema, TV ou vídeo. Foi tudo na raça. Abaixo você pode assistir aos dois vídeos e ler uma entrevista feita por telefone com Lara.

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Como nasceu a idéia de fazer uma produtora para filmar e postar vídeos no YouTube?

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A gente tinha um grupo de teatro juntos, no colégio, porque estudávamos na mesma escola. Mas eu sempre quis gravar vídeo para o YouTube, mas antes no Brasil não dava muito certo. Apareceu o Rafinha Bastos, os Barbixas e eu pensei ‘Olha o que esses caras estão fazendo’, mas ainda não era o momento. Daí eu fui fazer intercâmbio nos Estados Unidos e lá vi muita coisa legal, muitos vlogs , muitos vídeos . Voltei para o Brasil e já tinha uns roteiros prontos, nós só os pegamos e melhoramos e fomos gravar.

Vocês já tinham um estudo técnico de como fazer ou aprenderam na prática?

Não, aprendemos tudo na prática, nunca fiz curso de nada relacionado a cinema. Eu sempre gostei de editar vídeos e eu fazia de brincadeira.

Qual é o processo de criação do filme? Fazem tudo sozinho? De quem é o equipamento?

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A gente tem uma idéia e a gente senta pra ter ela junto e normalmente um vai para casa e estrutura o roteiro direitinho. A câmera é nossa e gravamos tudo sozinhos.

Vocês já filmam pensando que será veiculado na internet. O quanto isso influência na hora de fazer o filme?

Uma coisa que a gente sempre tem na cabeça é que o vídeo não pode ser demorado. As pessoas não param para ver um vídeo de 10 minutos, é difícil, por isso sempre tentamos fazer vídeos de 5 a 6 minutos. É uma meta. Tirando isso, achamos que o público é tão grande no YouTube que você pode falar de qualquer coisa que vai achar alguém que goste, que seidentifique com aquilo.

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E o método de divulgação?Vocês conseguiram uma boa visibilidade quando o Felipe Neto, que tem um vlog com enorme audiência, recomendou o vídeo de vocês.

Sim, estamos divulgando pelo Twitter mesmo, porque acontece isso, chega à mão de alguém com influência, como o Felipe Neto, e dessa forma chega em outras muitas pessoas.

Você vê alguma forma de ganhar dinheiro fazendo vídeos para a internet ou acha que é mais um modo da aprender, ganhar visibilidade e então ir para TV ou cinema?

Olha tem gente que é muito boa nisso e já ganha dinheiro, como o Mistery Guitar Man. Se no futuro conseguirmos ganhar dinheiro dessa forma seria ótimo. Não acho que produzir para o YouTube seja pior ou ruim, eu acho que o YouTube é o futuro.

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