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Zuckerbeg enfrenta nova acusação

Homem alega ter dado US$ 1 mil ao criador do Facebook para ter 50% de participação antes de a rede social ser lançada

Por Agências
Atualização:

Um homem morador de Nova York, que afirma ter feito um acordo com Mark Zuckerberg em 2003 que lhe dava participação em metade do Facebook, incluiu e-mails trocados com o fundador da rede social em um novo processo revisado contra o criador da famosa rede social.

 

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Em sua queixa contra Zuckerberg registrada em um tribunal federal, Paul Ceglia diz que os e-mails mostram, em parte, como Zuckerberg tentou dissuadí-lo do interesse em investir no Facebook ao esfriar os contatos com ele em 2004 e ao evitar dizer a real popularidade do site após o seu lançamento na Universidade Harvard onde Zuckerberg estudou.

Zuckerberg é acusado no processo de quebrar o contrato com Ceglia tomar a propriedade do site conhecido antes como Thefacebook.com sem informá-lo.

Ceglia alega ter direito a 50% das ações do Facebook, que tem mais de 500 milhões de usuários no mundo. A revista Forbes estimou em fevereiro que o patrimônio líquido de Zuckerberg seja de US$ 13,5 bilhões.

“Zuckerberg deturpou as informações intencionalmente a Ceglia ao dizer que o site thefacebook.com não tinha obtido sucesso, que ele estava muito ocupado para lidar com o site, que havia perdido o interesse no site e que ele seria fechado”, de acordo com a nova queixa que atualizou a original registrada no ano passado.

Orin Snyder, um advogado do Facebook, chamou as reivindicações de “ridículas”. “Este é um processo fraudulento de um criminoso condenado e estamos ansiosos para nos defender no tribunal”, disse Snyder em um comunicado enviado por e-mail à Associated Press nesta terça, 12. Ceglia foi colocado em liberdade condicional em 1997 depois de se declarar culpado por posse de cogumelos alucinógenos de acordo com os registros de um tribunal do Texas.

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A emenda à acusação de Ceglia na segunda-feira, 11, foi feita no mesmo dia em que um tribunal de apelação considerou válido o acordo feito entre Zuckerberg e os gêmeos Tyler e Cameron Winklevoss, ex-colegas de faculdade do fundador do Facebook. Eles argumentavam que Zuckerberg havia roubado a sua ideia de lançar o Facebook. O acordo — que os gêmeos tentavam reverter para buscar um valor maior — estabeleceu o pagamento de US$ 20 milhões em dinheiro e participação parcial na propriedade do Facebook.

Ceglia disse ter conhecido Zuckerberg quando o então calouro de Harvard respondeu a uma anúncio de Ceglia no site Craigslist procurando alguém para desenvolver um software para um serviço de mapeamento de ruas que ele estava criando.

Zuckerberg se ofereceu para trabalhar no projeto por US$ 1.000 e então contou a Ceglia sobre o seu projeto, um tipo de “livro anual” online dos estudantes de Harvard que ele pretendia expandir, de acordo com Ceglia. Ele diz ter dado outros US$ 1.000 a Zuckerberg para que ele continuasse com o projeto do “The Facebook”, com a condição de que Ceglia tivesse participação de 50% no software e nos negócios caso o projeto crescesse.

No centro das alegações de Ceglia estão duas páginas de um contrato “trabalho contratado” no nome de ambos.

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A queixa inicial de Ceglia exigia 84% do Facebook, baseado em uma clásula de compensação no contrato caso o site fosse lançado com atraso, depois de 1º de janeiro de 2004.

A denúncia agora revista altera a reivindicação para 50% do site e inclui um e-mail em que Ceglia teria concordado retirar a cláusula de compensação a pedido de Zuckerberg.

“Eu simplesmente não vou me preocupar em colocar o site no ar se você insistir em uma porcentagem tão alta”, escreveu Zuckerberg a Ceglia, de acordo com os documentos apresentados. “Sugiro que você retire a multa completamente e que nós oficialmente voltemos a ter uma divisão de 50% e 50%.”

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Os e-mails, que não eram mais conversas cordiais nos últimos contatos, não faziam parte da queixa inicial.

“Os e-mails representam um relato contemporâneo”, afirma Dennis Vacco, advogado de Ceglia, “vistos não a partir do atual ‘homem do ano’, a partir dos olhos de um estudante de Harvard quando estas discussões realmente ocorreram.”

/ ASSOCIATED PRESS

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