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99 Food começará operações em 12 cidades durante o mês de maio

Atualmente apenas em Belo Horizonte, Curitiba e Divinópolis, empresa fará expansão por capitais e cidades de tamanho médio ao longo do próximo mês

Por Bruno Capelas
Atualização:

O 99 Food, serviço de entrega de refeições do grupo chinês Didi, dono do app de mobilidade 99, deve chegar a 12 novas cidades do Brasil ao longo deste mês de maio. Atualmente presente apenas em Belo Horizonte, Curitiba e Divinópolis, o serviço chegará a cidades como São José dos Campos, Santos, Salvador, Fortaleza, Niterói e Acaraju ao longo dos próximos dias. “Apesar do contexto do coronavírus, estamos seguindo com o plano de expansão que tínhamos traçado inicialmente”, afirma Danilo Mansano, diretor geral da 99 Food. 

Por enquanto, a plataforma funcionará nessas cidades com o formato de marketplace – no qual o app serve como um cardápio para os restaurantes, que são responsáveis pela logística. Hoje, apenas as capitais de Minas Gerais e Paraná contam com o que a empresa chama de “serviço completo”, no qual a 99 Food se encarrega tanto do pedido como da entrega, com parceria com os motoboys. É o modelo praticado amplamente pelas principais rivais da empresa no País – iFood, UberEats e Rappi

Danilo Mansano, diretor geral da 99 Food Foto: 99 Food

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A empresa já completou 1 milhão de pedidos em Belo Horizonte desde dezembro, quando começou a operar na cidade. Lá, tem 3 mil restaurantes e 12 mil entregadores parceiros. Em Curitiba, onde começou a operar no início de abril, são mil estabelecimentos. Há quatro modais de entrega possíveis: carros, motocicletas, bicicletas e a pé. “No começo da operação, tivemos mais motos se inscrevendo, mas depois do começo do coronavírus, aumentou bastante também os entregadores que utilizam carros”, afirma o executivo. 

Segundo Mansano, a escolha para estreia em algumas cidades específicas – o grupo de 12 inclui ainda Teresina, Goiânia, Varginha, Manaus, Canoas e Jaboatão dos Guararapes – e não em mercados maiores, como São Paulo e Rio de Janeiro, se deve à busca por entender o produto. “Escolhemos cidades em que podemos validar nossos testes, estratégias e competências, ao longo do caminho”, diz o executivo. 

A data de estreia neste grupo de 12 cidades vai depender da quantidade de restaurantes que se cadastrarem – uma vez que a empresa receber um número de parceiros adequado para gerar “massa crítica” de uso, os pedidos começarão a ser feitos. 

O plano de longo prazo, porém, é que a 99 Food chegue um dia a ocupar boa parte das 1,7 mil cidades em que o aplicativo de mobilidade 99 atua no País. Além do Brasil, o 99 Food está presente em países como China, México e Japão – nos três mercados, porém, o nome da plataforma é Didi Food. “Aqui, usamos 99 pelo recall que a marca tem com os brasileiros, claro”, afirma Mansano. “Na China, existe um mercado de 40 milhões de pedidos por dia. Em outubro de 2019, o Brasil tinha 26 milhões de pedidos por mês. Há muito espaço para crescer.”

Na visão de Mansano, há uma grande diferença entre o contexto dos pedidos nos dois países – na Ásia, os aplicativos são usados para as quatro refeições diárias (café da manhã, almoço, jantar e ceia), enquanto no Brasil eles ainda são limitados a alguns momentos específicos, como o jantar ou os finais de semana. “Aqui, o delivery é visto como um momento de indulgência, mas queremos mostrar que ele pode ser uma opção prática”, afirma. 

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Ele vê com preocupação o momento atual do mercado, especialmente em que, afetadas pela crise econômica, as pessoas têm menos dinheiro no bolso e vão reduzir seu número de pedidos. “O mercado, que cresceu com o coronavírus, pode se estabilizar, mas nós temos o desafio de garantir volume de pedidos para sustentar restaurantes e entregadores nesse meio tempo.” A empresa afirma ainda que está comprometida em entregar máscaras e álcool gel para seus entregadores enquanto durar o período da pandemia do coronavírus.

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