Alemanha já testa protótipo de ‘táxi voador’

Startup Lilium fez carro elétrico voar nos sentidos vertical e horizontal, com autonomia de 300 quilômetros

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Por Eric Auchard
Atualização:
Carro voador alemão terá espaço para cinco pessoas Foto: Lilium Aviation

Uma empresa alemã está cada vez mais perto de realizar um feito digno de filmes de ficção científica: desenvolver o primeiro “táxi voador”. A startup Lilium, com sede em Munique, na Alemanha, afirmou nesta semana que realizou testes bem sucedidos na Europa com um pequeno jato elétrico com cinco lugares.

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A startup, que recebeu investimento de empreendedores como Niklas Zennstrom, cofundador do Skype, disse que o jato será capaz de realizar decolagem e pouso verticais, o que permite seu uso em serviços de táxi aéreo urbano e, até mesmo, por usuários convencionais que queiram voar pela cidade sem a necessidade de um helicóptero convencional.Nos testes feitos pela Lilium, um protótipo do jato, com dois lugares, executou manobras no ar e, até mesmo, alterou a forma de voo: saindo do sentido vertical – como um drone – e indo para uma trajetória horizontal, como um avião tradicional.

De acordo com a empresa, o “táxi voador”, que é movido a bateria, tem autonomia de 300 km e, quando estiver completamente desenvolvido, deve alcançar velocidade de até 300 quilômetros por hora. “Nós resolvemos alguns dos problemas de engenharia mais difíceis na aviação para chegar a este protótipo”, disse o cofundador e presidente executivo da Lilium, Daniel Wiegand, por meio de comunicado. A empresa ainda não tem previsão de quando o jato estará disponível.

Concorrência. A Lilium não é uma empresa inexpressiva: além de ter importantes investidores, a startup, fundada em 2014 por quatro estudantes da Universidade Técnica de Munique, recebeu aporte de US$ 11,4 milhões em 2016.

No entanto, ela tem um grande desafio pela frente ao enfrentar algumas gigantes do setor que também estão apostando em carros voadores. A fabricante de aviões e helicópteros Airbus, por exemplo, diz que pretende testar um protótipo de “carro voador” sem piloto até o final de 2017. A eslovaca AeroMobil, enquanto isso, disse que produzirá um carro híbrido – voador e terrestre – a partir de 2020.

Apesar do ânimo das empresas, elas terão que enfrentar a regulação do setor e comprovar que este tipo de veículo é seguro. Afinal, governos ainda estão lutando para regulamentar drones e carros autônomos. /TRADUÇÃO DE MATHEUS MANS

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