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Blumpa e Parafuzo se unem em ‘Uber’ do serviço doméstico

Líderes do segmento de plataformas de intermediação de serviços domésticos vão formar nova empresa

Foto do author Matheus Piovesana
Por Matheus Piovesana (Broadcast)
Atualização:

A Blumpa e a Parafuzo, líder e vice-líder no segmento de plataformas especializadas na intermediação de serviços domésticos, vão se fundir em uma nova empresa. O comando será do time da Blumpa, mas elas operarão sob a marca da Parafuzo. A transação, que não teve o valor revelado, busca dar impulso às companhias na saída da crise. O “Uber do serviço doméstico” quer dobrar o volume de serviços em um ano, ajudar a formalizar profissionais para que se tornem microempreendedores e trazer para o online um serviço cuja contratação é majoritariamente pessoal.

As duas empresas foram fundadas em 2014 a partir da percepção dos empreendedores de que o boca a boca não ajudava os profissionais, fossem eles diaristas, montadores de móveis e outros prestadores de serviços domésticos, nem aos clientes. Por meio da internet, as empresas colocaram nos aplicativos o pagamento dos serviços, transformaram a indicação de amigos e parentes em avaliações públicas e fizeram o meio de campo entre a agenda dos clientes e a dos prestadores, uma das maiores dores de cabeça nesse tipo de contratação.

Brasileiro, da Parafuzo, será COO da nova empresa. Foto: Robson Ventura/Estadão

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Hoje, a Blumpa é especializada em serviços de limpeza, e atua na Grande São Paulo. Já a Parafuzo vai da diarista ao montador, e está em 78 cidades de 12 Estados. As duas calculam que, em média, o serviço de limpeza, o mais popular, renda aos diaristas R$ 125 por uma faxina de quatro horas e meia. Já a plataforma tem sua receita proveniente de comissões: elas levam de 15% a 20% do total pago. A Parafuzo tem 3 mil profissionais cadastrados, e a Blumpa não abre números. As duas mantêm em sigilo a base de clientes.

“Fora do app, é difícil para o cliente encontrar o profissional. Para o profissional, é difícil encher a agenda, e tem muito calote”, diz Felipe Brasileiro, CEO da Parafuzo, que será diretor de operações da nova companhia. “Resolvemos os problemas do profissional e os do cliente.” 

Além de CEO, Felipe é sócio-fundador da empresa, criada em parceria com um amigo em 2014. A Blumpa nasceu no mesmo ano, e depois foi adquirida pelo fundo de venture capital NH Investimentos, que havia feito um aporte inicial na empresa. Antes da crise, as duas empresas davam lucro – algo raro na economia digital. Com a demanda em queda na pandemia e a necessidade de investir, voltaram ao prejuízo. A partir daí, a fusão ganhou sentido.

“Veio a pandemia e as histórias se encontraram”, diz Francisco Belda, que foi diretor da Blumpa entre 2018 e 2019 e voltará à nova empresa como CEO. “A fusão nos ajuda a entender melhor os interesses dos nossos usuários, não só clientes, mas também prestadores de serviço.”

O acordo de fusão prevê que o grupo gestor da Blumpa assumirá o controle e fará um aporte, de valor não revelado, na empresa. Os sócios da Parafuzo seguem na base, que vai virar a marca de ambas por ser mais conhecida.

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