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Centros criados para startups se multiplicam no País 

Google Campus e Cubo, do Itaú, já levaram R$ 110 milhões às novatas em investimentos; Facebook, Bradesco e BB também terão seus espaços

03/09/2017 | 05h00

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 Por Bruno Capelas - O Estado de S. Paulo

Silêncio! Sala da Vaca Amarela, no Campus, onde visitantes podem focar em suas tarefas

Masao Goto Filho/Estadão

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Mesas coloridas e desarrumadas, salas com nomes “criativos” e cafés descolados ao lado de grandes marcas. É esse o ambiente de lugares como Cubo, do Itaú, e o Google Campus, centros criados em São Paulo por grandes companhias para abrigar startups. Nos últimos dois anos, eles ajudaram empresas inovadoras a receber mais de R$ 110 milhões em investimentos, segundo levantamento feito pelo ‘Estado’. Há mais por vir: em 2018, esse tipo de espaço vai se multiplicar no País. 

Recentemente, Facebook e Bradesco anunciaram que vão abrir nos próximos meses os seus próprios prédios, o Estação Hack e o Habitat, respectivamente. Ambos vão ficar na região da Avenida Paulista. O foco do Facebook será a capacitação de desenvolvedores e empreendedores: no Estação Hack, haverá três salas de aula, com 40 vagas, e serão oferecidas 7,4 mil bolsas de estudos em diferentes cursos, entre programação, marketing digital, planejamento de carreira e administração de empresas. 

360 GRAUS: Veja como é o Google Campus por dentro

Já o Bradesco deve ter 10 mil quadrados para hospedar startups e outros atores do ecossistema, como fundos e investidores, em um perfil parecido com o do Cubo, em espaço de trabalho compartilhado (coworking). Não é só: segundo apurou o Estado, o Banco do Brasil divulgará iniciativa similar em outubro. Mesmo sob recuperação judicial, a Oi abriu um espaço no Rio de Janeiro há duas semanas. 

Além disso, o Cubo vai quadruplicar de tamanho: seu novo prédio, na mesma Vila Olímpia em que está hoje, terá 21 mil metros quadrados, contra os atuais 5 mil metros quadrados, e poderá atender 210 startups a partir do 1º semestre de 2018 – hoje, tem 54. Atualmente, cada empresa paga à entidade cerca de R$ 1 mil por estação de trabalho no local, segundo o banco – que não revela o valor investido no novo Cubo. 

Além do banco Itaú, o Cubo é tocado pelo fundo de investimentos Redpoint eVentures, e tem parceiras com empresas como Mastercard, Rede, Microsoft e Gerdau

Masao Goto Filho/Estadão

Além do banco Itaú, o Cubo é tocado pelo fundo de investimentos Redpoint eVentures, e tem parceiras com empresas como Mastercard, Rede, Microsoft e Gerdau

Justificativa. Visitar esses espaços é algo que qualquer pessoa pode fazer, mas para fincar suas bases neles, as startups passam por seleções rigorosas. “Quem passa por eles ganha um selo de qualidade”, diz Maria Rita Spina, diretora executiva da Anjos do Brasil, principal associação de investidores anjo do País. Além do acesso a investidores e grandes empresas, que podem se tornar clientes no futuro próximo, os empreendedores também buscam conteúdo e mentoria. 

Para empresas tradicionais, construir centros para startups é uma forma atraente de se manter próximo à inovação. “Nossos executivos viajavam muito ao Vale do Silício. Criamos o Cubo para trazer as provocações para perto”, diz Lineu Andrade, diretor do banco Itaú para o Cubo. 

TOUR: ​Faça um passeio em 360 graus por dentro do Cubo, centro de startups do Itaú

Já para empresas de tecnologia como Google e Facebook, nascidas como startups, criar tais espaços é um jeito de continuarem “frescas”. “Pelo crescimento que tiveram, essas empresas hoje são corporações cheias de processos”, diz Maria Rita. Além disso, os centros também ajudam as gigantes a melhorarem sua imagem por aqui e também mostrarem seus produtos para as startups, engordando sua lista de clientes. 

Veja como é o novo prédio do Google voltado para startups

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Sala do Silêncio

Foto: Werther Santana/Estadão

Vaca amarela... essa é a sala do silêncio do Google Campus, voltada para quem precisa se concentrar e pensar em grandes ideias

Google Campus São Paulo

Foto: Divulgação

Google Campus São Paulo tem 2,6 mil metros quadrados para receber empreendedores

Coworking

Foto: Werther Santana/Estadão

Espaço de co-working no Google Campus São Paulo, que fica no bairro do Paraíso, na zona sul da capital paulista. 

Auditório

Foto: Werther Santana/Estadão

Auditório para 100 pessoas poderá receber eventos gratuitos da comunidade de startups. 

Ano Novo Chinês

Foto: Werther Santana/Estadão

Cada sala de reuniões do campus homenageia uma festa tradicional de São Paulo. Esta é a do Ano Novo Chinês. 

ctv-l7f-sala-so-paulo

Foto: Werther Santana/Estadão

Já a principal sala de reuniões do novo Google Campus é uma homenagem à festa de aniversário da cidade de São Paulo

Cabines Telefônicas

Foto: Werther Santana/Estadão

Empreendedores poderão fazer chamadas com privacidade em cabines telefônicas que são guaritas restauradas. 

Recreação

Foto: Werther Santana/Estadão

Como não poderia deixar de ser em um espaço do Google, a recreação tem seu espaço no campus de SP com uma mesa de sinuca. 

Rede

Foto: Werther Santana/Estadão

Além de rede Wi-Fi com sinal aberto ao público, o novo prédio tem também uma rede à disposição dos empreendedores. 

Terraço

Foto: Werther Santana/Estadão

Todos os andares do prédio do Google Campus têm uma varanda; no último andar, há um charmoso terraço

Pebolim

Foto: Werther Santana/Estadão

Além da mesa de sinuca, confortáveis poltronas e uma mesa de pebolim compõe a área de recreação

Sofá Café

Foto: Werther Santana/Estadão

O serviço de café do Google Campus fica por conta do Sofá Café, cafeteria especializada em bebidas artesanais de Pinheiros, zona oeste de São Paulo. 

Densidade. No Vale do Silício, Meca das startups, achar espaços mantidos por grandes companhias é difícil. Lá, como o ecossistema é bem mais maduro, a ajuda de marcas fortes não é tão necessária. Fora dos EUA, porém, elas se tornaram vitais para fomentar a colaboração entre diferentes startups. 

Para Rogério Tamassia, presidente executivo da aceleradora Liga Ventures, a profusão de espaços em São Paulo mostra que a cidade já é um “hub” na América Latina. “A proximidade entre atores é um fator vital para desenvolver um ecossistema”, explica. A posição não é unânime: “ainda vejo SP em estágio inicial como centro global”, diz Barrence, do Campus. 

Hoje, o executivo já planeja como lidar com o crescimento que espera para o futuro. “Teremos de ser capazes de ajudar startups em estágio avançado, discutindo temas como internacionalização”, diz. “Será algo especializado, mas relevante.” 

Para Matos, da Startup Farm, a profusão de espaços, porém, corre o risco de saturar o mercado – e até gerar o efeito oposto ao desejado. “Antes, um centro desses concentrava ‘todo mundo’ lá”, explica. “Quando ocorre uma descentralização, há o risco das iniciativas se separarem e surgirem problemas para criar diálogos.”

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