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Cervejaria usa tecnologia de blockchain em fabricação nos EUA

No rótulo tem dados sobre os ingredientes e o processo de fabricação; ao consumidor, caberá só ler o código com o celular, que será redirecionado para um site, no qual constarão todas as informações sobre a bebida

Por Bruno Capelas e enviado a São Francisco (EUA)
Atualização:
Cervejaria californiana Alpha Acid tem quatro rótulos de cerveja cujas etapas de produção foram acompanhadas por blockchain Foto: Bruno Capelas/Estadão

Já pensou se você pudesse saber se a sua cerveja está choca ou passou do ponto dentro da latinha, antes mesmo de abri-la? Com ajuda do blockchain – a tecnologia por trás do funcionamento do Bitcoin –, isso já é possível. Nesta semana, no evento da Oracle, a cervejaria californiana Alpha Acid apresentou quatro rótulos de cerveja cujas etapas de produção foram acompanhadas pela tecnologia. 

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Pode parecer esquisito, mas é simples: cada transação feita com blockchain – seja uma transferência financeira ou a apresentação de um documento – é validada por uma rede global de milhões de dispositivos. Para alterar um dado inserido anteriormente nesse sistema, seria preciso modificá-lo em cada um dos milhões de dispositivos, o que torna o processo impossível. 

No caso da cerveja, os documentos inseridos em blockchain trazem dados sobre os ingredientes e o processo de fabricação. Tudo pode ser armazenado em um código QR ou de barras, presente no rótulo da cerveja. Ao consumidor, caberá só ler o código com o celular, que será redirecionado para um site, no qual constarão todas as informações sobre a bebida.

“Além da confiança, colocar a cadeia da cerveja no blockchain também dá visibilidade para os fornecedores”, diz Stephen Chin, diretor da rede de desenvolvedores da Oracle, que comandou os bastidores da iniciativa. “Pusemos sensores nos caminhões das empresas e nos tanques da cervejaria, em um caso de internet das coisas.” 

Segundo o executivo, há outras vantagens no processo: ele reduz a papelada e ajuda a cervejaria a encontrar falhas na produção. “Fizemos uma prova de conceito, mas é algo que vale para qualquer processo industrial com muitos fornecedores”, diz. E o gosto da cerveja, muda com o blockchain? “Não. Mas eles fizeram um grande trabalho com bons ingredientes.”  

* O repórter viajou a convite da Oracle.

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