Código agiliza fila de alunos da cantina da escola

Por meio de aplicativo, crianças pagam lanche usando QR Code; nova função permite ainda 'adiantar' o pedido para gastar menos tempo no intervalo

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Por Giovanna Wolf
Atualização:

Se depender da startup brasileira Nutrebem, o dinheiro do lanche e o troco em balas e chicletes – que não raro se transformam em cáries – estão com os dias contados. Fundada em 2014, a empresa é dona de um sistema de carteira digital escolar. Com ela, 150 mil crianças compram seu lanche diretamente em uma máquina localizada nas cantinas de seus colégios – o sistema da empresa está disponível em mais de 200 escolas no País. 

Desde junho, além de pagar com cartão de crédito ou um sistema de login e senha, os usuários mirins também podem optar por realizar seus pagamentos em QR Codes. Segundo Henrique Mendes, o uso dos códigos quadriculados deu agilidade aos pagamentos – evitando filas. A criança também pode passar mais tempo do intervalo brincando ou conversando com amigos. 

Henrique Mendes, presidente executivo da startup Nutrebem, que oferece serviço de pagamento em cantinas escolares Foto: Nutrebem

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Além disso, uma função no aplicativo também permite que a criança peça, com antecedência, o que deseja comer no intervalo ou no almoço. Depois de fazer o pedido, o app gera um código QR, que pode ser lido pela máquina da Nutrebem na cantina – quando isso acontece, o sistema da startup identifica o pedido e, ao mesmo tempo, realiza o pagamento. “A proposta da tecnologia é trazer agilidade à fila do recreio”, afirma Henrique Mendes, presidente da Nutrebem. “Como o pedido já está feito, a criança fica apenas três segundos na cantina.” 

As crianças não usam o dinheiro sozinhas, no entanto: todos os meses, os pais colocam uma quantia determinada na conta dos filhos, com a ajuda de um aplicativo. Ao longo do período, os responsáveis podem limitar gastos, acompanhar os produtos que a criança está comprando e até mesmo bloquear a aquisição de um doce ou salgadinho industrializado, por exemplo. “Não somos só uma fintech, mas também nos preocupamos com a saúde”, afirma Mendes. 

Entre os 23 funcionários da startup, dois são nutricionistas – eles acompanham o hábito de consumo das crianças e podem notificar os responsáveis caso a dieta não esteja adequada. Além disso, toda semana, um e-mail é enviado aos pais da criança com orientações para melhorar o hábito alimentar de seus filhos. Já as crianças podem receber dicas pelo aplicativo que também usam para pagar e fazer pedidos. Além de informações sobre alimentação saudável, há conteúdo sobre educação financeira. “Quando dá mais tempo às pessoas, o QR Code também vira um aliado”, diz Mendes. 

Desde sua fundação, a empresa recebeu R$ 15 milhões em investimentos. Para sustentar o negócio, a Nutrebem cobra mensalidade de R$ 450 da empresa que cuida da cantina da escola, além de uma fatia de 3% das transações. Já a escola não paga nada pelo serviço. Pais e alunos, por sua vez, só gastam com o que consomem.

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