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Contratos entre grandes empresas e startups crescem 194% no Brasil

Estudo do movimento 100 Open Startups analisou 408 empresas e mais de 3 mil startups entre julho de 2015 e julho de 2017

27/09/2017 | 17h07

  •      

 Por Carolina Ingizza* - O Estado de S.Paulo

Espaço do Itaú, Cubo é ponto de contato de startups em SP

Felipe Rau/Estadão

Espaço do Itaú, Cubo é ponto de contato de startups em SP

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O número de contratos firmados no Brasil entre grandes empresas e startups aumentou 194% durante os meses de julho de 2016 e julho de 2017, na comparação com o mesmo período anterior, aponta estudo realizado pelo 100 Open Startups, movimento de apoio ao empreendedorismo. Ao todo, 135 relacionamentos de negócios foram fechados entre corporações e as empresas iniciantes de tecnologia entre julho de 2016 e julho de 2017 – no período anterior, foram 46. 

Para Bruno Rondani, criador do 100 Open Startups, o aumento no número de contratos se deve a uma mudança na lógica das grandes empresas, que têm buscado as startups para tentar resolver problemas de produtividade, redução de custos e transformação digital. “Antigamente a lógica era de aquisição. Veja o caso da compra do YouTube pelo Google ou o do Buscapé, que adquiriu 14 startups para se firmar”, diz Rondani, em entrevista ao Estadão. “Hoje, as empresas pensam em contratar para poder usar as novidades rapidamente.”

Rondani aponta também que para startups a mudança é positiva, já que existe mais espaço no País para startups que prestam serviços para empresas (o chamado B2B), em vez da dinâmica de negócios voltada para consumidores finais. “Exceto por algumas startups de varejo que fazem a fama, como Facebook, a grande densidade de negócios está na compra de soluções por grandes companhias”.

O crescente número de negócios nesse formato no Brasil indica também que as startups estão mais maduras, como comenta André Monteiro, presidente executivo da rede Brazil Innovators. “Em negócios B2B, a startup não pode só testar seu serviço. Ela precisa garantir que ele vai funcionar para o cliente”, diz, acrescentando que as consultorias e espaços de coworking, como o Cubo, do Itaú, ajudaram o mercado de startups a se preparar como esse tipo de negócio.

Além disso, o dinheiro gerado com a venda direta do produto ajuda as empresas de inovação a validarem seus negócios sem a necessidade de grandes investimentos externos. “Para a empresa, é melhor ter um cliente grande que a ajude a se estruturar sozinha do receber um investimento para manter seu negócio enquanto testa soluções”, diz Monteiro. Isso acontece porque, ao receber investimentos, as startups têm de abrir mão de participação acionária (e controle).

Para ele, no entanto, as startups precisam ficar atentas ao seu projeto original quando assinam esse tipo de contrato, já que há cada vez mais assédio das corporações para que as empresas inovadoras voltadas para o consumidor final atendam o mercado corporativo. “As companhias sugam as empresas menores, demandando novos projetos e soluções personalizadas. Se não tomar cuidado, a startup pode deixar sua essência de lado para atender as demandas de uma grande organização”.

No Brasil, há casos de sucesso nesse tipo de parceria. A startup GoEpik, elegida pela 100 Open Startups como a empresa de inovação mais atraente do ano para companhias, fechou 9 contratos nos últimos dois anos. Criada para atuar no mercado de educação, a startup se adaptou às necessidades da indústria 4.0 e hoje oferece soluções de realidade aumentada para empresas como Natura, Renault, Bosch e Porto Seguro.

Andre Monteiro menciona a Olist como destaque, uma startup que faz a ponte entre pequenos comerciantes que querem anunciar em marketplaces, mas não possuem a estrutura para orquestrar a operação de venda. Através da startup, então, os comerciantes conseguem colocar seus produtos nas maiores lojas do varejo brasileiro, como Walmart, Americanas e Submarino.

Em outras áreas, como recursos humanos, há destaques, como a startup 99 Jobs, que tem sido contratada por grandes corporações para atrair os profissionais jovens, que não têm se interessado por processos tradicionais de trainee. Empresas como Globo, Microsoft e Embraer usam a plataforma da startup para buscar talentos.

Pesquisa. A 100 Open Startups realizou um estudo com base nos programas de relacionamento disponíveis no mercado brasileiro. A pesquisa encontrou 613 contratos entre 84 startups e 110 empresas. Dentre eles, somente 181 foram firmados para negócios além de posicionamento de mercado e contato inicial com as empresas de inovação.

Os resultados foram publicados em um e-book e apresentam, além dos dados, um panorama sobre como está o relacionamento entre as corporações e as startups. O estudo dividiu as relações em quatro grandes áreas — Posicionamento, Plataforma e Parcerias, Desenvolvimento de Fornecedores, Investimento.

*É estagiária, sob supervisão do repórter Bruno Capelas.

12 startups brasileiras para ficar de olho

  •      
Loggi

Foto: Divulgação

A ideia da Loggi é facilitar a entrega de mercadorias: com milhares de motoboys cadastrados, a empresa oferece motofrete de maneira rápida e simples. Com essa ideia, a Loggi espera um faturamento de R$ 130 milhões em 2016 para expandir o número de motoboys cadastrados.

GuiaBolso

Foto: Divulgação

A startup GuiaBolso já se tornou uma referência no setor de fintechs como uma das mais tradicionais no País. Hoje, a empresa tem 3,5 milhões de usuários no País

Quinto Andar

Foto: Divulgação

Especializada em aluguel de residências online, a startup Quinto Andar recebeu um aporte de US$ 12,6 milhões em dezembro e anunciou um crescimento de 25% ao mês. Em 2017, a empresa deverá aumentar o número de corretores cadastrados e chegar a novas cidades no estado de São Paulo, além de capitais em outros estados do País. 

PSafe

Foto: Estadão

Startup brasileira de segurança digital, a PSafe se consolidou ao longo de 2016. Para isso, a companhia aumentou a equipe e até mesmo fez um investimento de US$ 20 milhões para abrir uma filial no Vale do Silício, nos Estados Unidos. Agora, a startup projeta lucros em 2017, quando deve registrar um crescimento de 30 a 40% em relação a 2016.

Easy Carros

Foto: Divulgação

Startup que conecta donos de carro a profissionais de serviços automotivos, a Easy Carros ganhou importantes prêmios internacionais ao longo de 2016 e viu o número de pedidos saltar para 25 mil ao mês, representando um aumento de 20% em relação ao ano passado. Além disso, a startup está se expandindo para mais de 30 cidades no País.

Resultados Digitais

Foto: Reprodução

A startup de marketing digital Resultados Digitais também teve um bom desempenho em 2016 após receber um aporte de R$ 62 milhões. Agora, a empresa pretende manter o ritmo de crescimento de 200% ao ano, alcançando 6 mil clientes e 700 agências parceiras.

Singu

Foto: Sergio Castro/Estadão

Desenvolvida pelo criador do Easy Taxi, a Singu quer se tornar conhecida como o "Uber da beleza". Manicures e cabeleireiros se cadastram na plataforma e esperam algum cliente solicitar os serviços. Com isso, a empresa bateu a marca de R$ 1 milhão faturado pelos profissionais no aplicativo em 2016.

DogHero

Foto: Reprodução

Esta startup brasileira, que oferece serviços para o animal de estimação, recebeu um aporte de R$ 10 milhões em 2016 e chegou a 100 mil cachorros cadastrados. Agora, a plataforma irá expandir no Brasil e pretende chegar a 20 mil usuários dispostos a receber cachorros em suas residências.

Nubank

Foto: Divulgação

Dona do famoso cartão de crédito roxo, a startup recebeu novos aportes em 2016 e chegou ao total em investimentos de US$ 175 milhões. Agora, a empresa quer acelerar o crescimento – mas pode ter problemas com as novas regras sobre cartões de crédito que estão em discussão pelo governo. 

Movile

Foto: Estadão

Empresa brasileira responsável por aplicativos como iFood, PlayKids e Apontador, a Movile fica cada vez mas perto de se tornar o primeiro unicórnio brasileiro — que são as empresas que estão perto de atingir US$ 1 bilhão em valor de mercado. Ao longo de 2016, a startup alcançou a marca de US$ 136 milhões em capital levantado e 70 milhões de usuários.

BankFácil

Foto: Estadão

A Bank Fácil, de Sergio Furio (foto), oferece empréstimos com taxa de juros equivalente a um quinto da média cobrada pelas grandes instituições financeiras ao mês. Com estes benefícios, a empresa emprestou R$ 100 milhões no Brasil em 2015 e já conta com investimento de R$ 25 milhões.

Behold Studios

A desenvolvedora de games Behold Studios, de Brasília, é hoje um dos principais nomes do País no mundo dos jogos eletrônicos. Além de ter feitos grandes jogos, como Knights of Pen and Paper (2013) e Chroma Squad (2015), eles também se destacam por belas vendagens – Knights vendeu mais de 1 milhão de cópias, entre PC e dispositivos móveis –  e pelo humor de seus jogos. Em 2017, devem lançar um novo jogo: Galaxy of Pen and Paper, uma sequência "espacial" para Knights, que teve sua marca vendida para a produtora europeia Paradoxx Interactive. Promessa de um grnade jogo. 

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