À frente da aceleradora Wayra, Renato Valente tem como um de seus principais trabalhos orientar empreendedores ao seu melhor caminho – e muitas vezes, diz ele, isso passa por mudar do mercado de pessoas físicas para jurídicas (e vice-versa).
É comum as startups mudarem de foco?
Toda startup trabalha com uma hipótese de um problema a ser resolvido. Se a hipótese falha, é preciso mudar. É uma das características desse tipo de negócio.
Por que é difícil fazer uma startup para usuário final no Brasil?
É difícil cobrar muito de um usuário, então o valor médio por pessoa é baixo. Para o negócio se tornar economicamente viável, você precisa de uma base gigantesca de usuários e capital para investir em marketing. Quem tem uma boa ideia precisa ir para o Vale do Silício. Lá, existe capital para fazer testes e crescer.
Por que vale a pena atender empresas?
Toda empresa busca eficiência. Na crise, usar o serviço de uma startup é uma chance de gastar menos e produzir mais. Para as startups, focar no mundo corporativo é uma chance de ter receitas rápidas. Mas há dificuldades também: é preciso experiência para atender empresas. É difícil um cara sair da faculdade e montar uma startup para o mercado corporativo. Normalmente, quem monta um negócio assim já foi executivo e sabe quais são os problemas de determinado mercado.