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Empresas tentam atrair investidores de fora para viagens ao Brasil

Primeira excursão de investidores para visitar startups no País está prevista para o início do ano que vem

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Por Bruno Romani
Atualização:
Excursão. Benvenutti, da StartSe, vai trazer chineses para visitar o Brasil Foto: Rafael Arbex/Estadão

O trânsito de informações e descobertas entre o Brasil e o Vale do Silício não é via de mão única. As mesmas empresas que levam os brasileiros para lá também abrem as portas do ecossistema nacional para startups e investidores estrangeiros. Mas os programas têm diferenças.

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A principal delas é que o modelo de excursão, com um grande grupo de pessoas compartilhando agenda, é raro. A principal razão é que quem chega aqui já quer fazer negócios, ou tenta se fixar no País.

A Outsource Brazil, por exemplo, conta que já ajudou quatro startups a se estabelecerem no mercado nacional. Entre elas está a EduSynch, que desenvolve um aplicativo para ajudar estudantes a se prepararem para o Toefl, um dos principais testes de proficiência de inglês.

Quando uma dessas companhias chega, a Outsource Brazil conecta os empreendedores com brasileiros do mercado. Boa parte do desenvolvimento da EduSynch ocorre em Maceió, mas existem profissionais de Campina Grande e de cidades do Paraná. 

“Quando o estrangeiro precisa realmente entender o que o Brasil pode entregar de valor, eu o coloco para desfilar numa escola de samba no Rio”, conta Robert Janssen, proprietário da empresa. “Aquilo é um caos organizado, uma excelente representação da nossa cultura.”

Cuíca e tamborim à parte, o jeito mais comum dos estrangeiros interagirem com startups nacionais é por meio de eventos. Isso, porém, não significa que não há espaço para excursões. A StartSe está preparando a primeira viagem do tipo para o primeiro semestre de 2018.

A companhia deve trazer um grupo de chineses, que vão passar quatro dias no País, conhecendo startups com potencial internacional. “Ainda não decidimos como vamos escolher as companhias que serão apresentadas a eles”, diz Maurício Benvenutti, um dos sócios da StartSe. “É possível que aconteça um mix de curadoria, indicações e inscrições.” 

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