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Facebook desenvolve sensores para ser possível digitar com a mente

A tecnologia quer permitir a escrita de palavras no computador a partir de pensamentos

Por Redação Link
Atualização:
Regina Dugan, vice presidente de engenharia do laboratório Building 8 do Facebook fala durante a conferência F8 da empresa. Foto: Stephen Lam/Reuters

Na última quarta-feira, 19, na sua conferência anual, a F8, o Facebook anunciou que está trabalhando ativamente no desenvolvimento de uma tecnologia que permita a digitação a partir de pensamentos. Regina Dugan, que comanda o laboratório secreto de pesquisas e hardwares do Facebook, trabalha com 60 cientistas para elaborar o necessário para colocar a ideia em prática.

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A tecnologia promete a transcrição de pensamentos para a tela de um computador, sem que seja necessário digitar ou falar as frases. O projeto prevê o uso de sensores não invasivos para captar o que a mente humana quer digitar. Contudo, os dispositivos supostamente só vão detectar a atividade da área cerebral que controla a transformação de pensamentos em fala, sem a capacidade de invadir pensamentos pessoais.

Apesar de parecer muito distante da realidade, hoje em Stanford já existem pesquisas em que os participantes conseguem digitar oito palavras por minuto através de um pequeno eletrodo implantado no cérebro. No projeto do Facebook, a meta é que a tecnologia possibilite a digitação de até 100 palavras por minuto. A empresa espera, no futuro, poder vender os dispositivos em larga em escala.

De acordo com a chefe do laboratório, mesmo tecnologias mais simples seriam um avanço. Sensores que só possibilitem cliques de sim ou não com a mente ou mouses controlados por pensamento seriam transformadores, especialmente para pessoas com distúrbios de comunicação, segundo Regina.

Pesquisas. Mesmo que o anúncio não siga o que os usuários costumam esperar do Facebook, ele vai de acordo com as ambições da companhia quando contratou Regina e investiu milhões no laboratório comandado por ela. A inventora e desenvolvedora de tecnologias é ex-funcionária do Google e também da Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (Darpa) do exército americano.

O restante dos anúncios feitos na F8 também foram na linha de interatividade, mas focaram em realidade aumentada. Para o Facebook, o mundo está próximo de substituir os smartphones por óculos interativos e de abandonar totalmente o uso de teclados.

Concorrência. Elon Musk, CEO da Tesla e da SpaceX, anunciou na conferência Recode’s Code que está lançando uma nova companhia chamada Neuralink. Com ela, Musk também pretende desenvolver uma tecnologia de interação entre cérebro e computador.

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Para o empreendedor, a criação de uma interface wireless que permita comunicação entre a mente e os computadores pode ajudar os humanos a “acompanharem” os avanços na área de inteligência artificial.

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