O Facebook está planejando lançar, em 2018, um novo dispositivo de realidade virtual, tentando baratear a tecnologia e popularizá-la da mesma forma que a Apple fez com os smartphones. O plano da empresa é lançar um dispositivo que custe US$ 200 e não precise ser necessariamente conectado a um computador ou a um telefone, segundo reportagem da agência Bloomberg publicada nesta quinta-feira, 14.
Hoje, o mercado de óculos de realidade virtual se divide em dois extremos: há dispositivos simples, que funcionam com o auxílio da tela do smartphone, como o Google Daydream e o Samsung Gear VR, e aparelhos de alto padrão, como o Oculus Rift, o PlayStation VR e o HTC Vive, que precisam funcionar conectados a uma máquina poderosa como um computador de US$ 1000 ou um PlayStation 4. O plano do Facebook com seu novo dispositivo, chamado até aqui de Pacific, é unir as duas pontas do mercado.
Para isso, o aparelho terá de ser uma versão mais compacta do Rift, e mais leve que o Gear VR, da Samsung, vendido a US$ 130 nos Estados Unidos. O foco do Pacific, diz a Bloomberg, será em três áreas: jogos imersivos, vídeos e contatos sociais. A meta da empresa é que uma pessoa possa pegar os óculos na mochila e começar a assistir filmes em um voo, da mesma forma que hoje se faz com um smartphone ou tablet.
Procurado pela Bloomberg, o porta-voz da Oculus, a divisão de realidade virtual do Facebook, diz que não "há nenhum produto a ser revelado agora, mas podemos confirmar que estamos trabalhando e investindo em novas tecnologias para o mercado de dispositivos de realidade virtual".
Hoje, a Oculus ocupa uma incômoda quarta posição no mercado de VR, atrás de Sony, HTC e Samsung, segundo dados da IDC. De acordo com a consultoria, no ano passado, cerca de 10 milhões de dispositivos de realidade virtual foram vendidos em todo o mundo. Para turbinar suas vendas, o Facebook reduziu o preço do Oculus Rift em US$ 200 no início deste mês – agora o aparelho é vendido a US$ 399 nos EUA.