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Felipe Matos

Fintechs de crédito dão guinada na crise

Nativas digitais, as fintechs oferecem soluções mais simples, rápidas, com menos burocracia, critérios atualizados e chegam onde os bancos não vão, como os segmentos de microempreendedores individuais

10/06/2020 | 05h00

  •      

 Por Felipe Matos - O Estado de S. Paulo

 

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A crise do coronavírus vem escancarando deficiências no acesso a crédito para pequenas e médias empresas no sistema financeiro tradicional. O Banco Central injetou mais de R$ 1 trilhão em liquidez para o sistema bancário. O BNDES subsidiou o risco de linhas de linhas de crédito de R$ 40 bilhões, utilizando também os bancos como canal de distribuição do crédito. Mesmo assim, os recursos não chegaram na ponta. Critérios de concessão inadequados, processos muito burocráticos, e preferência dos bancos por oferecer produtos de crédito próprios e mais caros em detrimento das linhas subsidiadas são algumas das explicações para o problema. 

Nesse contexto, as fintechs aparecem como resposta. O segmento é dos que mais vem crescendo durante a crise, com o volume de buscas por soluções financeiras digitais oferecidas por essas startups crescendo até 300% no período pós-isolamento social, segundo pesquisa do Google For Startups.

Sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Nativas digitais, as fintechs oferecem soluções mais simples, rápidas, com menos burocracia, critérios atualizados e chegam onde os bancos não vão, como os segmentos de microempreendedores individuais, que vem sendo atendido especialmente por maquininhas de cartões digitais, por exemplo. Ainda assim, essas empresas enfrentam o desafio de ganhar escala rapidamente, desafio esse que exige disponibilidade de capital, especialmente para a tomada de crédito.

A guinada que faltava parece estar próxima. Em uma iniciativa inovadora, o BNDES criou uma chamada convocando fintechs e gestores de fundos de crédito – os FDICs – que pretende injetar R$ 4 bilhões em até 10 fundos que forneçam crédito para PMEs, com o banco de desenvolvimento assumindo a maior parte do risco. A iniciativa receberá propostas até hoje e já vem sendo considerada um sucesso. Apenas o evento online para tirar dúvidas dos participantes atraiu mais de 500 pessoas. Além disso, a iniciativa vem provocando movimentos de colaboração e parcerias entre fintechs e diversos agentes do mercado, unindo a agilidade, capilaridade e inovação das startups, com o know-how de gestão financeira e acesso a capital dos fundos. Segundo gestores com quem conversei, muitas dessas parcerias construídas para atender ao edital devem seguir de pé mesmo se não forem contempladas. E, ao que tudo indica, o próprio edital trata-se de um teste do BNDES, que se bem-sucedido, deve ser ampliado em volume de recursos.

Se de um lado, a crise escancarou problemas estruturais conhecidos, por outro, acelera inovações para sua solução. E o BNDES cumpre seu papel de fomento, numa de suas ações mais ousadas e louváveis dos últimos anos. O ecossistema de inovação e as pequenas e médias empresas agradecem.

ESPECIALISTA EM EMPREENDEDORISMO E TECNOLOGIA, JÁ APOIOU MAIS DE 10 MIL STARTUPS NO BRASIL E É SÓCIO DA 10K.DIGITAL

    Tags:

  • Banco Central do Brasil
  • BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social]
  • startup
  • crédito

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