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Investidora e presidente da G2 Capital, uma boutique de investimento em startups. Escreve mensalmente às terças

Opinião|Fitness tech mostra o futuro do bem-estar

Saúde, qualidade de vida e bem-estar hoje preocupam países, instituições e empresas. Com os avanços da tecnologia, as pessoas estão vivendo mais, a depressão cresce e aumentam os danos causados pelo excesso de informação.

Atualização:

As startups de tecnologia de fitness estão ganhando popularidade e mercado. O bem-estar é um setor bastante promissor. 

Empreendedorismo significa oportunidades. Saúde, qualidade de vida e bem-estar hoje preocupam países, instituições e empresas. Com os avanços da tecnologia, as pessoas estão vivendo mais, a depressão cresce e aumentam os danos causados pelo excesso de informação. Não é à toa que as startups fitness estão em ebulição. Segundo estudo da Deloitte, a indústria global de saúde e bem-estar cresceu 12% nos últimos quatro anos, chegando a receita de US$ 94 bilhões. Há oportunidades para novos negócios em vários campos. 

A Gympass, comandada no Brasil porLeandro Caldeira, é um dos unicórnios brasileiros Foto: Werther Santana/Estadão

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Isso inclui não só soluções diretas, mas também nutrição, condicionamento físico e sono. As inovações mais recentes também já nascem como plataformas interconectadas. Empresas como F45 e Strava criam opções de atividade física já orientadas para a comunidade online, com exercícios em grupo e academias digitais. Outras startups criam tecnologias para personalizar a forma física com rastreamento biométrico. Dispositivos vestíveis, por sua vez, coletam dados fisiológicos para medir recuperação, tensão e o sono.

Já a startup Mirror, que fabrica dispositivos de condicionamento físico em casa, anunciou que vai começar a usar áudio e vídeo bidirecionais, permitindo instruções ao vivo e customizadas dos treinos individualmente. O futuro aponta para tecnologias interconectadas de saúde e bem-estar, alimentado por dados, personalização, conectividade e tecnologia 5G.

No Brasil, há o unicórnio Gympass. Com foco corporativo, a empresa recebeu um aporte de US$ 300 milhões liderado pelo SoftBank. Está presente em 14 países e atende mais de 2 mil empresas, com quase 51 mil academias pelo mundo. A startup virou destaque quando montou um sistema para atender empresas, com as próprias startups virando suas clientes. O sucesso atraiu concorrentes, como a americana ClassPass, que vem sendo chamada por aí de “Netflix das academias”. Com planos mensais a partir de R$ 100, o app da empresa oferece opções que vão de ioga até massagem. Fundada em 2013, a empresa também virou unicórnio neste 2020. 

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A competição será para oferecer melhor experiência. Para se armar, a Gympass montou uma unidade em Nova York, que desenvolve novos produtos com base em inteligência artificial. O plano é personalizar a jornada do cliente, tornando a experiência mais eficiente. Ou seja: teremos muitas inovações daqui para frente. A longo prazo, as startups de fitness têm o potencial de desbloquear um futuro de saúde e bem-estar mais conectado com outros segmentos e mais eficaz. É a tecnologia sendo usada para um bem maior.É INVESTIDORA ANJO E PRESIDENTE DA BOUTIQUE DE INVESTIMENTOS G2 CAPITAL

Opinião por Camila Farani
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