Focada em mobilidade, startup Voll recebe aporte de R$ 4 milhões

Liderado pelos fundos Iporanga Ventures e Wayra, investimento ser usado nos planos de expansão e internacionalização da startup brasileira

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Por Bruna Arimathea
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A startup de mobilidade Voll anuncia nesta quarta-feira, 10, a captação de um aporte de R$ 4 milhões. A rodada foi liderada pelo fundo Iporanga Ventures (que já apostou em empresas como Loggi e Quero Educação) e pela empresa de inovação Wayra, que pertence à operadora Vivo. Voltada para o setor de transporte, a Voll é uma plataforma de gestão que oferece comparações de viagens em aplicativos como Uber, 99 e Cabify. A ideia é que, pela plataforma da startup, os clientes possam saber qual aplicativo tem corridas mais baratas naquele momento, economizando recursos.  

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Nessa dinâmica, a startup cobra uma taxa a cada viagem, que é acordada previamente com a empresa. Segundo a Voll, os planos de gestão rendem até 30% de economias no setor para as empresas que contratam os serviços.

Com o aporte, a empresa já traça planos para investimentos em áreas específicas, como o desenvolvimento das áreas comercial e internacional. Lá fora, Luciano Brandão, presidente executivo da startup, conta que o objetivo é não só continuar atendendo clientes, mas poder montar uma operação que atenda aos padrões de transporte de cada país. 

De acordo com Luciano Brandão, fundador da Voll,os planos de gestão rendem até 30% de economias para as empresas Foto: Rayanne Goulart/Voll

“A gente tem a ambição de expandir a empresa como um todo. Hoje, nós atendemos o mundo inteiro, nosso usuário já está fora, mas a gente ainda não consegue ter uma estrutura que atenda, por exemplo, uma empresa na Europa com as necessidades de gestão do mercado europeu e isso é algo que nos interessa”. 

“A gente faz o levantamento dos usuários, da demanda da empresa, um estudo dos fornecedores e cria junto com a empresa uma política de mobilidade. A empresa consegue definir grupos de usuários e a gente vai configurando isso no sistema. O funcionário que precisa se deslocar baixa o aplicativo da Voll e tem acesso transparente a toda a política definida, como acesso aos grupos de usuários e o tipo de serviço que ele pode usar”, explica Brandão.

Presente em mais de 60 países, a startup, fundada por Brandão em 2017, planeja ainda ampliar sua base de clientes, que hoje conta com cerca de 250 contas. Até 2023, a Voll espera ter 1,5 mil e gerenciar cerca de 150 mil corridas por dia.

Apesar da crise causada pelo coronavírus, Brandão afirma que a startup tem conseguido planejar o futuro, mesmo com uma queda considerável no faturamento. Para ele, apesar do momento de incerteza, não ter perdido nenhum cliente foi importante para continuar pensando nos próximos passos da startup.

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“Temos um modelo muito flexível. Nossa remuneração é única e exclusivamente da taxa das corridas. Em um momento em que a empresa tem funcionários que não vão mais se deslocar, ela deixa de ter um custo com a Voll. Isso é um desafio para nós, porque a gente tem uma receita que é muito impactada, mas tudo são perspectivas. Se você olhar para a perspectiva do cliente, isso te assegura que você não o perca”. 

Para Renato Valente, sócio da Iporanga Ventures, a experiência da empresa e o cartel de clientes – que inclui Vivo, IBM, PepsiCo, Klabin e Heineken – foram determinantes para o investimento. “Quando a Voll entra e consegue organizar a casa, considerando a complexidade dessas ofertas com diversos apps, as empresas conseguem economizar bastante. Tudo isso chamou a atenção e fez a gente apostar. Estamos investindo a longo prazo. A gente sabia que a pandemia teria um impacto, mas não muda a visão de valor que a gente acha que vai ter na volta. É um obstáculo no percurso, mas a pandemia vai ter fim”, ressalta Valente.

* É estagiária, sob supervisão do editor Bruno Capelas

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