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Futurecom 2018: conheça a robô de atendimento Anny

Com clientes nos Estados Unidos e no Reino Unido, valor de dispositivo pode chegar a mais de US$ 60 mil

Por Giovanna Wolf Tadini
Atualização:

Não se espante se em breve você se deparar com um robô trabalhando na recepção de um hotel. Criada para prestar vários tipos de atendimento, a robô humanoide Anny foi apresentada pela primeira vez no Brasil na Futurecom, maior feira de telecomunicações da América Latina. Anny não é apenas mais um robô para ficar exposto e chocar o público: ela foi desenvolvida com fins comerciais e pode ser comprada por qualquer empresa para recepcionar visitantes ou orientar clientes em uma loja. 

Arobô Anny é uma parceria entre duas empresas americanas e uma brasileira Foto: Giovanna Wolf/Estadão

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O valor da sua “cabeça” é de US$ 10 mil, e a customização do software, que faz o dispositivo responder, custa a partir de US$ 50 mil. Como seu próprio nome diz (em tradução do inglês, “any” significa qualquer), a robô promete executar qualquer função. Por enquanto, a Anny só é capaz de falar em inglês, e ela precisa de uma contextualização sobre o assunto para conseguir manter uma conversa com o usuário --ou melhor, prestar o seu serviço.

“Costumo dizer que a Anny tem 18 anos de idade: ela tem uma inteligência que precisa de uma faculdade para se especializar, o trabalho com o aprendizado de máquina”, disse ao Estado Gustavo Hernandes, diretor comercial da Realbotix, a joint venture montada para trazer a robô ao País. Desenvolvida há três anos, a robô é uma parceria entre duas empresas americanas, responsáveis pela produção artística e pela robótica, e a paranaense NextOS, que desenvolve o software de inteligência artificial – isto é, o “cérebro” de Anny. 

Além da exploração comercial, o projeto também é uma ambição pessoal do presidente executivo da Realbotix, Matt McMullen: ele sonha que um robô seja capaz de ter “a sua inteligência” para que, quando morrer, seja possível que seus amigos e familiares continuem conversando com ele. Um pouco Black Mirror, vai. 

Segundo Hernandes, a receptividade à robô na Futurecom está sendo interessante. “As pessoas flutuam entre o espanto e a empatia, porque elas entendem que é um produto de estágio inicial que tem muito para crescer”, diz. “Elas olham para o futuro olhando para a Anny”.

Hoje, a empresa já possui clientes nos Estados Unidos e no Reino Unido. Ela funciona em conjunto com um aplicativo, que pode ser comprado separadamente. A Realbotix, inclusive, dá essa sugestão para os clientes: “Entenda o produto, comece com o software, se habitue, quando você estiver confortável dê o próximo passo para o hardware”, diz Hernandes. 

*é estagiária, sob supervisão do editor Bruno Capelas

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