A Intel vai atrasar o lançamento de sua linha de processadores de nova geração para 2019. Inicialmente prevista para o final deste ano, o modelo Cannon Lake terá transistores de 10 nanômetros – um fio de cabelo, para fins de comparação, tem 30 mil nanômetros. E é justamente nesse tamanho tão diminuto que reside a dificuldade de produção dos processadores, diz o site Engadget, que publicou a notícia.
Parte do atraso acontece por conta do problema da Intel em conseguir manter a Lei de Moore de pé – criada em 1965 pelo fundador Gordon Moore, ela diz que a cada 18 meses, será possível dobrar o número de transistores dentro de um processador, duplicando a velocidade do chip.
No ano passado, quando a companhia disse que ia lançar uma nova geração de processadores (a oitava), ela começou dizendo que seus primeiros produtos seriam uma mistura de arquiteturas anteriores, com transistores de 14 nanômetros – um transistor é a unidade básica de cálculo de um processador, e dentro de um processador comum há milhões deles.
A "mistura" seria uma forma da companhia de manter a lei de Moore de pé sem precisar avançar rapidamente em uma nova tecnologia, ainda difícil e custosa.