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Camila Farani

Monitoramento via dados: vilão ou mocinho?

De um lado, o uso de dados pode contribuir para políticas públicas. De outro, é correto que as empresas usem esses dados para contribuir em situações de anormalidade, como a atual

01/04/2020 | 05h00

  •      

 Por Camila Farani - O Estado de S. Paulo

 

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  • Aumento de vigilância por conta do coronavírus pode reduzir privacidade

O mundo praticamente parou para combater a pandemia de coronavírus. São dias de incerteza, mas que terão impactos claros na economia global – haja visto a redução da projeção do PIB do Brasil este ano. Enquanto isso, vemos uma movimentação de empresas de vários setores questionando como podem contribuir para a contenção da doença. 

Entre elas, estão empresas de redes sociais. Segundo o site Business Insider, gigantes como Google e Facebook, por exemplo, estariam negociando com o governo americano formas de tornar disponíveis dados obtidos pela localização de seus usuários, a fim de verificar se eles estão obedecendo a recomendação da Organização Mundial da Saúde pelo distanciamento social.

Na Coreia do Sul, governo está usando agência de inteligência local para fiscalizar cidadãos afetados pelo coronavírus

Woohae Cho/The New York Times

Na Coreia do Sul, governo está usando agência de inteligência local para fiscalizar cidadãos afetados pelo coronavírus

Isso é possível porque, segundo a política de dados do Facebook, por exemplo, a plataforma pode coletar conteúdo, comunicações e outras informações que o usuário fornece quando usa um dos produtos da plataforma. Inclusive, quando cria uma nova conta, envia mensagens ou se comunica com as pessoas. Ainda de acordo com a empresa, podem ser coletados a localização de uma foto ou a data em que um arquivo foi criado.

Entretanto, a possibilidade da utilização desse tipo de dado por parte de governos levanta diversas polêmicas. De um lado, podem contribuir para políticas públicas. De outro, é correto que as empresas usem esses dados para contribuir em situações de anormalidade, como a atual? E como isso se encaixa em leis de privacidade, como a brasileira Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entrará em vigor em agosto deste ano? 

Dividi a questão com meus seguidores no LinkedIn e notei que os comentários estão bastante divididos. Alguns argumentam que há dúvidas sobre como os dados serão usados de forma coerente e ética. Outros questionam se as pessoas entendem o que estão compartilhando ao clicar em “ok” para os termos e condições de uso da internet. Há senso crítico nesse ato? 

A questão é que, no caso do Facebook, a plataforma comunica que as informações podem ser destinadas para realizar e apoiar pesquisas e inovação sobre tópicos relacionados a bem-estar social geral, avanço tecnológico, interesse público, saúde e bem-estar. Exemplo disso é que a plataforma analisa as informações sobre padrões de migração durante crises para auxiliar na ajuda humanitária. Também acredito que, claramente, é o caso da pandemia do novo coronavírus.

Acredito que a discussão sobre a privacidade é uma questão pertinente e que os usuários merecem ser respeitados. Uma das saídas, talvez, seja uma comunicação em larga escala para que os dados sejam compartilhados com consentimento do público.

É INVESTIDORA ANJO E PRESIDENTE DA BOUTIQUE DE INVESTIMENTOS G2 CAPITAL

    Tags:

  • privacidade
  • rede social
  • coronavírus

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