A partir desta quinta, 15, a startup de serviços financeiros Nubank libera o acesso a cartão de débito para todos os seus clientes. Recurso bastante aguardando, o cartão de débito estava em testes desde dezembro de 2018, quando a companhia anunciou que cerca de 10 mil pessoas participariam do processo. Desde então, 2,5 milhões de clientes da conta digital da startup, a NuConta, participaram do teste.
O Nubank está no mercado há seis anos
"É um movimento de tornar o Nubank uma conta cada vez mais completa. Com débito, crédito, crédito pessoal e programa de recompensas, temos uma proposta de valor para que as pessoas saiam dos bancos tradicionais", disse ao Estado Vitor Olivier, vice-presidente de consumo do Nubank.
O cartão permitirá também saques em qualquer máquina da Rede 24 Horas ao custo de R$ 6,50 cada. De acordo com a companhia, esse valor corresponde ao custo que ela tem para utilizar a infraestrutura das máquinas e para manter a operação relacionada aos saques. Em dezembro, a startup já dizia que preferia repassar os custos a criar uma taxa para os seus clientes. "O mundo físico é bem difícil e bem mais caro. Nosso foco é digital, mas sabemos que hoje o saque ainda é importante", explica Olivier.
Ao ser questionado sobre o número de clientes que devem procurar o novo produto, Olivier diz que não tem um número definido, mas que a companhia está preparada para um alto número de pedidos. A NuConta tem atualmente 8 milhões de clientes, dis quais 5 milhões aderiram após o anúncio da função débito. Os novos serviços estarão disponíveis também a novos clientes, que podem pedir o cartão assim que criarem a conta.
"Aprendemos em duas frentes com os testes: a de usuário e a de tecnologia. Um cartão de débito tem que ter consistência e garantir um bom nível de funcionamento num alto grau de escala", explica o executivo.
O cartão de débito só não estará disponível aos clientes com contas jurídicas. "A conta jurídica está num momento parecido com o da NuConta um ano e meio atrás em termos de testes de escalabilidade e experiência. O débito está no radar para as contas jurídicas, mas ainda não é o momento", diz Olivier.
Avanço
O Nubank caminho a passos largos para se tornar um banco tradicional. Além dos testes com o cartão de débito, a companhia anunciou nos últimos meses o fim da lista de espera para o cartão de crédito, abriu opções de investimento, liberou transferências por DOC para as contas e criou a conta jurídica.
Em julho, a empresa de tornou a primeira startup brasileira de capital fechado a atingir valor de mercado de cerca de R$ 10 bilhões. A companhia recebeu um aporte do fundo americano TCV de US$ 400 milhões. No total, o Nubank tem 12 milhões de clientes.
Para pedir o cartão
Para solicitar o cartão habilitado com a função débito, vá ao app do Nubank. Em Configurações, procure Pedir Função Débito. Para quem já tem o modelo de cartão lançado em setembro de 2018, a ativação do débito será automática.
Veja a história do Nubank em 17 fotos
Colombiano radicado nos Estados Unidos, David Vélez se muda para São Paulo com o objetivo de abrir um escritório do renomado fundo de investimento Sequoia Capital no Brasil - isso com apenas "20 slides na bagagem". A empreitada, no entanto, não dá certo e ele pede demissão do fundo.
Depois de algumas frustrações com bancos, Vélez levanta seed de US$ 2 milhões da Sequoia Capital e Kaszek Ventures para criar em uma nova startup de serviços financeiros no Brasil.
Ao lado da executiva Cristina Junqueira, que acumulava experiências no setor financeiro e no Banco Itaú, e do programador norte-americano Edward Wible, Vélez funda a startup de serviços financeiros Nubank. A ideia do trio era oferecer um cartão de crédito gerenciado por um aplicativo no celular, livre de tarifas e anuidades
A Sequoia Capital, em parceria com a Kaszek Ventures e com o bilionário empreendedor Nicolas Berggruen, anuncia um aporte de US$ 14,3 milhões no Nubank. Na prática, é o segundo investimento da Sequoia na startup, posto que em 2013, de forma discreta, o fundo fez um investimento seed de cerca de US$ 1 milhão para Vélez começar a operação do Nubank. Também em abril é registrada a primeira transação com um cartão Nubank.
O Nubank lança seu cartão de crédito para o público, reforçando sua identidade de um serviço financeiro livre de tarifas e anuidade, gerenciado por um aplicativo no celular.
A startup recebe um aporte de R$ 90 milhões liderado pelo fundo Tiger Global Management com a participação de outros fundos já investidores, como Sequoia Capital, Kaszek Ventures e QED Investors. O Nubank já acumulava 200 mil pedidos do cartão e registra clientes em todos os 26 estados e no Distrito Federal. A empresa ainda atingiu 750 mil compras em 74 países ao redor do mundo.
Numa rodada liderada pelo Founders Fund, fundo de investimento do bilionário do Vale do Silício Peter Thiel - que cofundou o PayPal e foi um dos primeiros investidores do Facebook - o Nubank recebe US$ 52 milhões em investimentos.
O fundo DST Global, do bilionário russo Yuri Milner, lidera nova rodada de investimentos para a startup, que recebe um novo aporte de US$ 80 milhões. É o primeiro investimento na América Latina feito pelo russo, que ficou conhecido por colocar dinheiro em empresas como Alibaba, Twitter e Spotify.
Atendendo a pedidos dos usuários, o Nubank anuncia um serviço de conta-corrente digital: a NuConta. Segundo o fundador David Vélez, a ideia é fornecer a mesma agilidade do serviço do cartão de crédito oferecido pela empresa e desburocratizar o processo de abertura de conta bancária. A conta-corrente digital, porém, não conta com cartão de débito vinculado e ainda está em fase de testes – seu lançamento para o mercado deve acontecer em breve.
O Nubank anuncia a abertura de seu primeiro escritório internacional em Berlim, na Alemanha. A sede é voltada para a área de engenharia da startup, e liderada por Gavin Bell, ex-engenheiro da plataforma online de publicação de áudios SoundCloud
Depois de uma espera de quase dois anos, o Nubank recebeu autorização do Banco Central para operar como instituição financeira. Isso permite que a empresa não dependa de bancos parceiros para captar recursos e oferecer crédito. Até então, a fintech havia emitido mais de 3 milhões de cartões de crédito no País.
O Nubank torna-se a terceira startup brasileira a obter um valor de mercado de US$ 1 bilhão. Os outros dois “unicórnios” são o aplicativo de transporte 99, que chegou ao montante após ser comprada pela chinesa Didi Chuxing, e a plataforma PagSeguro, que atingiu o valor após sua oferta inicial na bolsa de Nasdaq, nos Estados Unidos.
Foi a vez da gigante chinesa Tencent, dona de serviços como WeChat e WePay, populares na Ásia, investir no Nubank. A startup recebeu uma rodada de US$ 180 milhões em aportes, o que fez o Nubank ser cotado em US$ 4 bilhões. A Tencent também adquiriu participação minoritária na brasileira.
A empresa deu mais um passo rumo a tornar-se um banco tradicional e anunciou um cartão de débito e saques em caixas eletrônicos. Os clientes tiveram acesso aos novos serviços no primeiro semestre de 2019.
O Brasil ficou pequeno para o Nubank: a empresa anunciou a inauguração de escritórios no México e na Argentina. O objetivo do Nubank foi atingir um público de 52 milhões de pessoas sem acesso ao sistema bancário nos dois países.
No início do mês, empresa chegou a 10 milhões de clientes, incluindo contas digitais e cartões de crédito, e encerrou a lista de espera para a liberação de seus serviços. O Nubank também anunciou sua entrada no setor corporativo, com um projeto piloto para oferecer conta corrente para pequenas empresas, focada em profissionais autônomos e microempreendedores individuais.
O Nubank encerrou o mês em alto estilo: tornou-se a primeira startup brasileira avaliada em cerca de US$ 10 bilhões. A empresa recebeu uma rodada de investimento de US$ 400 milhões, liderada pelo TCV, que já investiu em nomes como Facebook e Netflix.