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Principal aceleradora do mundo enxuga em 40% número de startups selecionadas em programa

Y Combinator afirma que cenário macroeconômico afeta aportes em pequenas empresas de tecnologia

Por Redação Link
Atualização:

Uma das principais aceleradoras de pequenas startups do mundo, a americana Y Combinator reduziu em 40% o número de startups selecionadas no programa de verão da firma, caindo para quase 250 companhias, ante 414 pinçadas no verão de 2021. As informações foram apuradas pelos sites especializados The Information e TechCrunch.

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Segundo a Y Combinator, o encolhimento tem a ver com o cenário macroeconômico, cuja alta nos juros afeta diretamente o mercado de investimentos e, consequentemente, os cheques dados a startups com intuito de crescerem.

“Estamos constantemente reavaliando cada aspecto de nossos programas e o ambiente em que as companhias vão operar. Como resultado, os tamanhos variam de temporada em temporada”, afirmou a porta-voz da Y Combinator em nota ao TechCrunch.

Y Combinator é a maior aceleradora de startups do mundo Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Em maio, a aceleradora havia recomendado aos fundadores de suas startups que “se preparassem para o pior cenário possível” nos próximos meses, declarou em carta interna. 

“Crises econômicas geralmente se tornam grandes oportunidades para os fundadores que mudam rapidamente sua mentalidade, planejam com antecedência e garantem que sua empresa sobreviva”, disse a Y Combinator no comunicado interno aos empresários em maio passado. “Você pode ganhar fatia de mercado durante uma recessão econômica apenas por se manter vivo.”

O recado da Y Combinator levanta dúvidas sobre a suposta imunidade de startups pequenas no ecossistema de inovação. Até então, a crise em investimentos afetou principalmente unicórnios (startups avaliadas em mais de US$ 1 bilhão) e companhias prestes a abrir capital na Bolsa.

No Brasil, essa categoria foi quem continuou em expansão no primeiro semestre deste ano. Segundo dados da Distrito, plataforma brasileira de inovação, as companhias de tecnologia em estágio inicial continuaram atraindo dinheiro de fundos de investimento, com alta de 22% em relação aos seis primeiros meses de 2021. 

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Já os unicórnios e outras empresas mais maduras, aponta a Distrito em julho, reportaram queda de 68% em aportes no mesmo período.

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