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Imagem Silvio Meira

Silvio Meira

Regulação e educação são essenciais para combater currais algorítmicos

Manipular grupos a favor ou contra interesses diversos se tornou muito mais rápido e, para quem sabe, muito mais fácil

07/04/2021 | 05h00

  •      

 Por Silvio Meira - O Estado de S.Paulo

 

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Estudos ainda limitados sobre política e sociedade mostram que a cisão entre centro e anarquia é tão relevante quanto a divisão entre esquerda e direita. Mais gente é contra o status quo do que se pensa. E não é contra o status quo estreito, que nos é aparente agora, mas contra o largo, que envolve tudo; há gente, e muita, contra tudo e a favor do caos.

Há mais de cem anos, os promotores do caos se articulavam em declarações como o Manifesto Futurista de 1909, pregando um futuro a qualquer custo e a guerra como higiene do mundo. Era quase inevitável que, na Itália, terminassem nos braços do fascismo. Um século depois, há risco similar, com gigantes de tecnologia acelerando os processos informacionais e transformando o mundo num ponto. 

No passado, os limites físicos de distribuição de informação restringiam o alcance e sincronia necessários para mobilização de grandes grupos. No presente as redes digitais mudaram a escala do que é possível fazer, despendendo muito menos energia. Redes são orquestrações emergentes de agentes que compartilham informação e ação usando protocolos padrão, articulados e autorizados por pessoas e algoritmos.

Segundo pesquisa do Facebook, seus sistemas de recomendação respondiam por 64% das inclusões de novos membros em grupos extremistas.

Beck Diefenbach/Reuters

Segundo pesquisa do Facebook, seus sistemas de recomendação respondiam por 64% das inclusões de novos membros em grupos extremistas.

Manipular grupos a favor ou contra interesses diversos se tornou muito mais rápido e, para quem sabe, muito mais fácil. As pessoas ajudam: segundo The State of Misinformation 2021, nove em cada dez pessoas dizem que detectariam notícias falsas quando as vissem, mas um terço já compartilhou informações incorretas.

Para muitos, é impossível reverter tal estado de coisas, mas há mudanças de curto e de médio prazo que devem ser experimentadas. Há que se tratar as plataformas: segundo pesquisa do Facebook, seus sistemas de recomendação respondiam por 64% das inclusões de novos membros em grupos extremistas. Nada foi feito, porque era bom para o modelo de negócios.

Algo deveria ter sido feito. O sistema regulatório deveria estar evoluindo, tão rápido quanto as plataformas digitais. É preciso tratar também outros fronts, como educação. Os dados mostram que idosos espalham até sete vezes mais fake news do que jovens. Um estudo mostra que relações interpessoais e analfabetismo digital são parte das causas.

Não só é possível, mas necessário, agir sobre as causas que levam tantos para currais algorítmicos. Educação e regulação têm papéis muito relevantes. Mas há que se frear um certo capitalismo digital predador e selvagem de muitas plataformas. Ou isso ou futuros habilitados por tecnologias podem ser tão ou mais complicados do que o dos futuristas de 1909.

*É PROFESSOR EMÉRITO DA UFPE E PESQUISADOR DO INSTITUTO SENAI DE INOVAÇÃO. É FUNDADOR E PRESIDENTE DO CONSELHO DO PORTO DIGITAL

    Tags:

  • fake news [notícia falsa]
  • internet

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