Robô 'assistente' brasileiro chega ao mercado em 2018 por R$ 10 mil

Batizado de Tinbot, ele pode atuar como gerente de equipes, assistente pessoal, tradutor ou recepcionista

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Por Jéssica Alves
Atualização:
Robô Tinbot pode até gerenciar equipes e dar 'bronca' em funcionários que erram Foto: DB1 Global

Quem é fã dos filmes Transformers, Wall-e, Inteligência Artificial, ou seencantou pelo dueto de Amy Purdy e um robô nas Olimpíadas do Rio poderá comprar seu próprio robô no Brasil a partir de 2018. A empresa de tecnologia paranaense DB1 Global Software planeja lançar, em 2018, seu primeiro robô 'assistente', que pode executar tarefas do dia a dia como um assistente pessoal, recepcionista ou tradutor e até mesmo gerenciar equipes. De pequeno porte, o Tinbot fala português, reconhece o que as pessoas dizem, inclusive expressões, além de gestos. No lançamento, o robô vai custar R$ 10 mil.

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A companhia iniciou o projeto em junho de 2016, depois que um de seus funcionários, Márcio Diniz, mostrou interesse por robótica. A empresa investiu R$ 60 mil para criar a tecnologia que foi criada para uso interno. Quando o robô ficou pronto, Diniz o colocou na função de líder de projetos em sua equipe, onde ele identifica erros no código de programação dos softwares desenvolvidos pela empresa e ajuda a gerenciar uma equipe de 13 pessoas. 

Segundo a coordenadora de marketing da DB1, Ana Maria Garcia, o Tinbot pode ser programado por qualquer pessoa, o que permite personalizar seu uso para o ambiente de qualquer empresa. “Ele é capaz, por exemplo, de identificar erros em fórmulas em planilhas eletrônicas, erros em relatórios, e ele mesmo chama a atenção do funcionário que cometeuo erro", diz. "É diferente quando um robô chama sua atenção, mas o funcionário atende e não se sente mal por isso.” Confira uma demonstração do robô no vídeo abaixo:

O grande desafio da DB1, segundo Ana Maria, é produzir o robô em larga escala. Atualmente, o presidente da empresa, Ilson Rezende, está na China em busca de um parceiro para produzir o Tinbot, de forma a reduzir o preço do produto. “Não temos uma fábrica de robôs no Brasil, ainda não é interessante como um negócio por aqui, por isso temos que buscar lá fora”, diz Ana Maria. Hoje, o Tinbot é feito em uma impressora 3D e leva 20 dias para ser produzido.

Embora o produto ainda não esteja à venda, há unidades em teste fora da fabricante. É o caso da rede de ensino paranaense UniCesumar, que está utilizando dois robôs como recepcionistas, e do Colégio Objetivo, que também está usando o produto na mesma função. “O Tinbot é uma aposta de futuro que fazemos para gerar novas experiências para alunos e professores por meio da tecnologia. Os protótipos vão nos auxiliar tanto na inovação quanto no gerenciamento de indicadores”, conta o vice-reitor da UniCesumar, Wilson Matos Filho. Outra empresa que adquiriu uma unidade do robô foi a cooperativa de crédito Sicoob.

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