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SoftBank lança programa para formar talentos na América Latina

O grupo japonês, que investe em várias startups na região, pretende capacitar profissionais na área de inteligência artificial

Por Giovanna Wolf
Atualização:

Um dos grandes investidores de startups na América Latina, o grupo japonês SoftBank acaba de lançar um programa para treinar talentos na região, na área de inteligência artificial. Chamada de Data Science for All (DS4A), a iniciativa vai beneficiar tanto funcionários de empresas que têm investimento do SoftBank, quanto profissionais externos, que podem vir a ser contratados pelas companhias do portfólio do grupo. 

O programa oferece 300 vagas e será ministrado em Sāo Paulo, com salas de aula remotas em Bogotá, em Buenos Aires e Cidade do México. “Temos dificuldades em achar talentos na área de ciência de dados e inteligência artificial. É uma necessidade das próprias empresas do nosso portfólio, precisamos de mais profissionais especializados nesses assuntos”, afirmou André Maciel, líder da operação do SoftBank no Brasil, em entrevista ao Estado

André Maciel, líder da operação do SoftBank no Brasil Foto: Felipe Rau/Estadão

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Segundo o executivo, o Brasil foi escolhido como sede do curso por ser o país que mais concentra investimentos do SoftBank na América Latina. No País, o grupo japonês já investiu nas startups Loggi, Creditas, QuintoAndar, Gympass, Buser, Olist, Vtex, MadeiraMadeira, Volanty e Banco Inter.O programa, que tem duração de onze semanas, será liderado por um professor titular da Universidade Harvard e terá assistentes de universidades americanas como MIT e Stanford. 

Ecossistema

Com o programa, o SoftBank também pretende fomentar o ecossistema local. “Achamos importante contribuir para criar talentos no setor como um todo”, afirma Maciel. 

A formação de talentos é um ponto-chave no mercado de startups, em que as empresas crescem em velocidade acelerada e multiplicam seus funcionários rapidamente. É o caso da startup Quinto Andar, por exemplo, que saltou de 350 pessoas para 1,1 mil funcionários em um ano, quase quadruplicando o tamanho da startup. 

Para lidar com a falta de profissionais qualificados, algumas startups estão apostando em abrir escritórios no exterior: a fintech Creditas, por exemplo, abriu neste ano um escritório em Valência, na Espanha, onde tem uma equipe de cerca de 30 pessoas; a startup de entregas Loggi também inaugurou uma nova unidade, em Portugal, para recrutar talentos. Outra saída tem sido a aquisição de empresas, para englobar profissionais: o Nubank, por exemplo, anunciou no mês passado a compra da consultoria Plataformatec, especializada em engenharia de software e metodologias ágeis – o time de 50 profissionais da Plataformatec será integrado à equipe de desenvolvimento do Nubank.

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As inscrições do programa estão disponíveis neste link até o dia 21 de fevereiro.

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