Startup Abstra recebe aporte de R$ 3,6 mi de olho em programação para ‘leigos’

Plataforma de “no-code” oferece ferramentas para a criação de sites e aplicativos, sem a necessidade de contratação de desenvolvedores

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Por Guilherme Guerra
Atualização:

A startup de programação Abstra anuncia com exclusividade ao Estadão nesta sexta-feira, 27, que recebeu um aporte de R$ 3,6 milhões em rodada liderada pelo fundo de investimento paulistano Iporanga — também participou do cheque a aceleradora Y Combinator. 

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Em estágio inicial, a Abstra quer popularizar serviços simples de código para leigos, que podem usar a interface da plataforma para criar sites e aplicativos de estrutura simples, sem a contratação de desenvolvedores, para quem essas tarefas são tidas como mais simples.

“Nossa solução permite que as pessoas desenhem um app, construam os fluxos e tenham responsividade. E é a Abstra quem gera a estrutura de códigos por trás”, explica ao Estadão o fundador da startup, Bruno Costa, que colocou o negócio em pé em março de 2020, no início da pandemia — antes, o empresário, de 27 anos, integrava a Descomplica após venda da PaperX, startup de educação para vestibulandos.

Para leigos, movimento 'no-code' não exige conhecimento prévio de programação Foto: Dhiraj Singh/Bloomberg

A ideia da Abstra é ser a líder no ainda incipiente movimento do “no-code” (sem código) no Brasil. Em outros mercados, como o americano, esse tipo de solução não exige que pessoas especializadas programem, tarefa que fica para a plataforma, que automatiza os processos. A startup espera que designers, consultorias de tecnologia da informação e pessoas da área de produtos sejam os principais usuários.

Bruno Costa fundou a Abstra em março de 2020, quando começou a pandemia de covid Foto: Divulgação/Abstra

“A falta de desenvolvedores é um problema global e boa parte desse problema pode ser automatizada, porque o desenvolvedor não quer fazer essas coisas mais superficiais”, observa o sócio da Iporanga Renato Valente. “E o timing da Abstra é muito importante, porque a pandemia acelerou a necessidade por esse tipo de solução.”

Para Bruno Costa, os desafios gerados desde a chegada do novo coronavírus ao Brasil trouxeram incerteza nos primeiros meses de 2020 (“um frio na barriga”, diz), mas a necessidade de colocar uma solução “no-code” no mercado brasileiro só cresceu durante o ano. “A demanda por esse tipo de desenvolvimento aumentou muito com a digitalização das empresas”, conta. “No fim, foi positivo abrir a startup nesse momento.”

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