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Startup Azos recebe US$ 10 milhões para ampliar a oferta de seguros de vida

Startup de seguros quer lançar aplicativo para celular e conectar corretores à plataforma

Foto do author Guilherme Guerra
Por Guilherme Guerra
Atualização:

A startup Azos anuncia nesta terça-feira, 30, um aporte de US$ 10 milhões para expandir o produto de seguro de vida da insurtech (nome dado às empresas de tecnologia do ramo de seguridade). O objetivo da companhia é usar o cheque para lançar um aplicativo para smartphone e conectar corretores à platafoma, continuando a expansão da empresa.

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A rodada de investimento foi liderada pelo fundo holandês Prosus (que recententemente investiu na Movile, dona do iFood), com a participação do argentino Kaszek Ventures e dos brasileiros Maya Capital e Propel, que já haviam participado de um cheque-semente de US$ 2,2 milhões em 2020, responsável por colocar a operação da Azos de pé.

Agora, a startup, fundada em julho de 2020, quer aproveitar o crescimento do setor de seguros de vida, movimento impulsionado pela pandemia de covid. Segundo o mais recente relatório mensal da Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão regulador do tema, até setembro de 2021, o segmento acumulou R$ 17 bilhões em contratações de apólices de seguro de vida, superior aos R$ 14 bilhões do mesmo período de 2020.

"As pessoas estão mais abertas ao seguro de vida e estão mais proativas na hora de buscá-lo", conta ao Estadão o presidente executivo da Azos, Rafael Cló, que vê mais pessoas preocupadas em deixar recursos para os dependentes (como crianças e cônjuges) em caso de morte. Além do modelo de vida, a startup possui seguros de invalidez total por acidente e de doenças graves, como câncer ou AVC.

Cló afirma que o diferencial da Azos no mercado é a agilidade na contratação das apólices (em até 10 minutos, garante a startup), custo menor, limite de até R$ 2 milhões para os prêmios e, principalmente, na possibilidade de contratar o serviço por corretores humanos — movimento raro quando outras empresas de tecnologia tentam cortar intermediários do processo para reduzir custos.

Rafael Cló é o presidente executivo e um dos fundadores da startup de seguros Azos Foto: Tiago Queiroz/Azos

"Queremos que a experiência de contratação frustre o mínimo o cliente e por isso temos pessoas preparadas para fazer esse tratamento. Nem tudo pode ser resolvido de forma digital", conta Cló. Além disso, ele cita que o público é afastado do mercado pelas seguradoras tradicionais que, diz ele, apostam na lucratividade e alta ineficiência, tornando o assunto árido para leigos e exigindo a necessidade de especialistas. "O corretor ainda tem um papel consultivo no planejamento do brasileiro."

A Azos pretende se aproximar ainda mais desses corretores, turbinando um portal da startup dedicado a esses profissionais, que podem se "digitalizar" pelo, fazer as contratações de forma mais rápida e ter aulas de aprimoramento de vendas. A empresa tem atualmente uma lista de espera com mais de 500 corretores que desejam integrar a plataforma.

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"Neste momento, só deixamos o corretor entrar na plataforma se ele for indicado por outra pessoa, mas estamos abrindo o acesso para garantir uma melhor experiência para todos", afirma Cló.

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