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Stone lança conta digital com foco em pequenas e médias empresas

Para especialistas, estratégia da fintech é ampliar a gama de serviços para tentar ganhar espaço no mercado de pagamentos

28/10/2019 | 05h00

  •      

 Por Bruno Capelas - O Estado de S. Paulo

 

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A empresa brasileira de pagamentos Stone vai se lançar numa nova área de serviços financeiros: a partir desta segunda-feira, 28, a fintech vai também oferecer uma conta digital aos clientes que já utilizam sua máquina de cartões. Desenvolvida há dois anos pela companhia fundada pelo carioca André Street, a iniciativa pretende atrair as pequenas e médias empresas e fidelizar os consumidores em torno das soluções da companhia. 

“A vida do lojista é um pesadelo, passando o dia todo falando com muitas pontas. Queremos facilitar”, diz ao Estado Augusto Lins, presidente da Stone. Como tem se tornado moda no mercado, a conta digital da Stone chega ao mercado sem cobrança de tarifas mensais ou anuais. 

Serviço. Conta da Stone terá folha de pagamento e cartão

Luke Garcia/Stone

Serviço. Conta da Stone terá folha de pagamento e cartão

Oficialmente, o produto é uma conta de pagamentos – o que dispensa a necessidade da Stone atuar com auxílio de um correspondente bancário, algo comum entre as fintechs brasileiras. Para requisitar a conta, o cliente deve baixar o aplicativo da empresa e fazer seu cadastro. Como a fintech já possui vários dados do lojista, a expectativa é que a aprovação aconteça em alguns minutos. O atendimento da conta também poderá ser feito via app ou com a ida de um agente da empresa até o estabelecimento do cliente. “Ninguém tem tempo de ir até a agência, então vamos fazer o caminho contrário”, diz Lins. 

Por meio do serviço, o cliente poderá realizar transferências entre bancos (TEDs), registrar a folha de pagamento, pagar boletos e tributos, além de transferências internas para outras contas Stone e  portabilidade salarial para os funcionários que abrirem uma Conta Stone de graça. Ao contrário do que oferecem alguns rivais, porém, a Stone não terá TEDs gratuitos – cada transação custará R$ 4, informou a fintech. Para os próximos meses, a previsão é de que o empreendedor possa também emitir boletos. Para isso, a empresa trabalha no desenvolvimento de uma tecnologia própria, conectando-se ao Banco Central. 

O principal diferencial da conta, acredita Lins, porém, será o controle dos recebíveis. Com auxílio de seu sistema de pagamentos, a Stone vai oferecer ao cliente uma visualização simples para saber quando vai receber valores vindos de cartões de débito, crédito ou vales-refeição e alimentação, cada um com prazos diferenciados de depósito na conta do empreendedor ou empresário. “O lojista nunca sabe exatamente quando vai ter dinheiro. Queremos organizar aquele monte de papéis de comprovantes que ele recebe de forma fácil”, diz o executivo. 

Aos clientes que desejarem, a Stone também vai oferecer um cartão de crédito pré-pago, no qual o empreendedor pode carregar valores e gastá-los à medida que seja necessário. O produto será gratuito e não terá anuidade. Segundo Lins, a proposta da Stone não é, neste primeiro momento, faturar com o serviço. “Se o cliente entender que o atendimento é bom, ele não vai embora.” 

Na visão de Edson Santos, consultor e especialista em pagamentos, a estratégia da Stone é simples: oferecer cada vez mais serviços para o lojista, de forma que ele não consiga abandonar a empresa por uma rival. “Com a redução de taxas, os líderes do mercado transformaram o setor de pagamentos em commodity, enquanto uma empresa mais nova, como a Stone, tem que trazer serviços de valor agregado”, afirma. Para o especialista, é bem possível que, no futuro, processar pagamentos seja só “um pedacinho do que a Stone quer ser.” 

Para Guilherme Horn, consultor da Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs), oferecer uma conta digital é “um passo natural” para a Stone, uma vez que rivais como a PagSeguro também já começaram esse tipo de oferta. “Ter uma conta digital é uma forma de garantir que ela não vai perder clientes, garantir sua fatia de mercado”, afirma. É um cenário em aberto, na visão de Horn: “só vamos saber o que vai dar certo daqui a algum tempo.” 

    Tags:

  • Stone
  • banco digital

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