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Investidora e presidente da G2 Capital, uma boutique de investimento em startups. Escreve mensalmente às terças

Opinião|Superando a fadiga da pandemia

Mais do que nunca, as empresas estão abertas a experimentar coisas novas e a trabalhar de forma diferente

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Atualização:

Em 2020, enfrentamos uma pandemia global com uma gravidade nunca antes experimentada, uma crise econômica massiva e uma agitação social generalizada. Acrescente a isso os processos e forças que já estavam remodelando fundamentalmente as sociedades: inovação tecnológica, modelos de negócios disruptivos, desigualdade social e automação da força de trabalho. O resultado disso é que vivemos em uma epidemia de estresse.

Neste momento, as organizações observam em sua frente a oportunidade de transcender o verbo “superar” e ir além. A verdade é que a pandemia e nossas respostas coletivas à ela provavelmente resultarão em mudanças permanentes nas preferências e no comportamento de compra do consumidor, nos modelos de negócios e na maneira com que essas soluções são entregues.

Os líderes têm a oportunidade de auxiliar seus colaboradores a observarem o ambiente corporativo como um lugar onde podem crescer não somente no aspecto profissional Foto: Werther Santana/Estadão

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Enquanto avançar em algo novo apresenta suas próprias incertezas, o processo também traz a promessa de construir feitos inéditos a partir de realizações relacionadas à pandemia, como mudar para modelos de trabalho mais flexíveis e inovadores, implementar novas tecnologias, capacitar equipes, reduzir a burocracia desnecessária e tomar decisões cada vez mais céleres.

Mais do que nunca, as empresas estão abertas a experimentar coisas novas e a trabalhar de forma diferente. A questão-chave passa a ser: como podemos navegar através da crise de forma mais eficaz? Um artigo da consultoria McKinsey apresenta cinco vias pelas quais as organizações podem seguir. São eles: 1) administre o antídoto para a desilusão: pratique o otimismo de forma racional; 2) observe atentamente os sinais de exaustão e outras respostas naturais ao estresse; 3) desenvolvam habilidades relacionadas à adaptabilidade e resiliência; 4) concentre-se no cuidado e na conexão com as pessoas e promova o bem-estar e 5) libere energia ao desenvolver o modelo operacional da sua organização. 

Outra maneira pela qual as organizações estão evoluindo, observa a consultoria, é reimaginar o ambiente de trabalho. Embora o futuro permaneça incerto, muitos executivos abraçaram a ideia de um modelo de trabalho virtual híbrido para dar aos funcionários a flexibilidade que desejam.

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Responder a esta crise de maneira proativa e assertiva pode ser um divisor de águas para os negócios. Os líderes têm a oportunidade de auxiliar seus colaboradores a observarem o ambiente corporativo como um lugar onde podem crescer não somente no aspecto profissional. As companhias poderão transcender a superação e a subsistência, emergindo mais fortes e inovadoras, mais centradas no capital humano, e melhor posicionadas no mercado, mostrando maior capacidade de adaptação. *É INVESTIDORA ANJO E PRESIDENTE DA BOUTIQUE DE INVESTIMENTOS G2 CAPITAL 

Opinião por Camila Farani
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