PUBLICIDADE

'The Washington Post' se destaca na dianteira da inovação

Eleito a 8ª empresa mais inovadora do mundo, jornal de Jeff Bezos é destaque em ranking liderado por gigantes da tecnologia

Por Redação Link
Atualização:
Virada. Jornal americano 'The Washington Post' foi comprado por US$ 250 milhões em 2013 pelo fundador e presidente executivo da Amazon, Jeff Bezos Foto: NYT

O The Washington Post, jornal americano fundado em 1877, ficou pela primeira vez entre as dez empresas mais inovadoras do mundo, segundo ranking divulgado ontem pela revista americana Fast Company. A companhia é a única do setor de mídia a disputar os holofotes com gigantes do setor de tecnologia, como a fabricante de eletrônicos Apple, o serviço de streaming de vídeo Netflix e a gigante do comércio eletrônico Amazon. No total, a lista aponta as cem empresas mais inovadoras, com base numa lista de 350 empresas pelo mundo.

PUBLICIDADE

O jornal conseguiu a oitava posição do ranking em 2018, graças ao sucesso de sua transformação digital, iniciada em 2013, após a aquisição pelo fundador da Amazon, Jeff Bezos. Segundo a Fast Company, o Post conseguiu “trazer a ambição da Amazon para o setor de mídia”.

Nos últimos anos, a publicação tem investido alto em tecnologia para aumentar a eficiência de sua equipe de jornalistas, o que a levou a quebrar recordes de audiência, assim como a superar 1 milhão de assinantes digitais em apenas um ano, segundo anunciou em setembro do ano passado.

O esforço conjunto entre jornalistas e programadores também acabou gerando uma nova fonte de receita para o Post: o jornal passou a comercializar um sistema de publicação, chamado Arc, para outras empresas de mídia, transformando-se numa empresa de software.

Outra “forasteira” que chamou a atenção no ranking de mais inovadoras foi a NBA. Ela ocupou a décima posição da lista em 2018 pela criação do serviço NBA League Pass, para exibir jogos via streaming, no celular ou no computador, de assinantes; o serviço também dá a eles o direito de ver um jogo por semana em realidade virtual.

A primeira posição do ranking ficou com a Apple, que foi citada pelo bom desempenho com diversos produtos em 2017, entre eles os fones de ouvido sem fio Air Pods, e a nova versão do Apple Watch, com conexão 4G. A segunda posição ficou com o Netflix, por ter chegado a 117 milhões de usuários e aumentado seus investimentos em conteúdo original. A lista ainda inclui a empresa de pagamentos Square, liderada pelo fundador do Twitter, Jack Dorsey; a chinesa Tencent, responsável por hits dos games, como League of Legends e Clash Royale e a gigante do comércio eletrônico Amazon.

Brasil. No ranking de mais inovadoras na América Latina, quatro empresas brasileiras ganharam destaque. A mais bem colocada é a startup Nubank, que oferece um cartão de crédito roxo, na terceira posição. A empresa, que já levantou mais de US$ 180 milhões em investimentos, lançou em 2017 um serviço de conta-corrente digital, além de um programa de fidelidade, que permite usar pontos para pagar despesas.

Publicidade

Na quinta posição está o aplicativo de transporte 99, adquirido pela gigante chinesa Didi Chuxing em janeiro. A companhia foi avaliada em US$ 1 bilhão, se tornando a primeira startup brasileira a alcançar tal valorização. O aplicativo é um dos principais rivais do Uber no Brasil e deve se tornar a base para expansão da Didi na América Latina nos próximos anos.

O ranking ainda teve a presença da startup paulistana Bov Control, que criou um aplicativo para coleta de dados, como peso, vacinas e temperatura, de gado leiteiro. As informações são, depois, analisadas por um algoritmo de inteligência artificial, que oferece sugestões de como aumentar a eficiência na produção de leite.

A varejista Magazine Luiza fecha a lista por ter atraído clientes para testar produtos em lojas físicas para depois comprarem por meio do site da empresa. Além disso, a revista destaca o programa Magazine e Você, que estimula consumidores a revenderem produtos disponíveis no e-commerce para seus amigos pelo Facebook em troca do pagamento de comissões. /AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.